Valor sob gestão dos fundos de obrigações aumenta 14,5% no terceiro trimestre

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Publicado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, o relatório estatístico de gestão de ativos relativo ao terceiro trimestre deste ano revela que o valor gerido pelos organismos de investimento coletivo em valores mobiliários, fundos de investimento alternativo, fundos de investimento imobiliário, fundos especiais de investimento imobiliário, fundos de gestão do património imobiliário e fundos de titularização de créditos registou um aumento de apenas 0,1% no período em questão, fixando-se nos 28.933,8 milhões de euros.

Do lado do investimento em ativos mobiliários, que tal como o regulador destaca, “engloba os organismos de investimento coletivo em valores mobiliários e fundos de investimento alternativo”, o montante ascendeu a 11.936,3 milhões de euros no final do terceiro trimestre. Este valor corresponde a um crescimento de 0,3% relativamente ao final do segundo trimestre, e de 10% face ao período homólogo.

Quanto ao valor das carteiras dos organismos de investimento coletivo em valores mobiliários, a entidade revela que, no terceiro trimestre, este ascendeu a 10.509,1 milhões de euros, o que representa um crescimento de 3,7% face ao segundo trimestre enquanto que os FIA recuaram 1,8% para 1.427,2 milhões de eurosOs fundos de ações, obrigações e de poupança reforma, por sua vez, “são as categorias que mais pesam no valor global das carteiras”, revela o relatório. Quanto ao valor sob gestão de cada uma delas, enquanto que os fundos de obrigações foram a categoria que maior crescimento registou (mais 14,5%), o valor sob gestão dos fundos de poupança reforma cresceu 10,6% e o dos fundos de ações apenas 2,0%. Já o valor dos fundos do mercado monetário registou um decréscimo de 7,2% face ao trimestre anterior. Do lado do valor sob gestão dos fundos flexíveis a queda foi superior – menos 13%.

No que diz respeito aos principais destinos de investimento em valores mobiliários, o Luxemburgo captou 19,6%, seguido pelo Reino Unido e Alemanha – captaram 13,2% e 11,9%, respetivamente. Portugal representa 10,7% desse investimento, sendo que o valor das aplicações efetuado em dívida pública representa 43,1%, o de ações representa 30,3% e o de dívida privada 25,0%.

O investimento em ativos imobiliários, por sua vez, registou um aumento de 1,5% face ao trimestre anterior, ascendendo a 10.336,5 milhões de euros. Já o montante investido nos fundos de gestão de património imobiliário ascendeu a 501,9 milhões de euros, menos 0,7% que no final do mês de março.

Valor dos ativos sob gestão individual cresce 0,8%

À semelhança da gestão coletiva de carteiras, o montante dos ativos sob gestão individual também aumentou, mas em 0,8%, fixando-se nos 63.228,4 milhões de euros. Face a igual período do ano passado, o aumento é de 0,2%.

Quanto à composição das aplicações, os valores mobiliários cotados e as unidades de participação representavam mais de metade do total (84,2%). Em termos específicos, o segmento de ações foi aquele que maior crescimento registou – mais 4,7% que no final do trimestre anterior, fixando-se nos 1.019,4 milhões de euros. Não obstante, este montante representa um decréscimo de 5,1% em comparação com o mesmo período de 2016. Já as aplicações em dívida pública nacional verificaram um aumento de 2,3% no final do terceiro trimestre, terminando o período em questão com um montante de 18.752,7 milhões de euros. O crescimento dos montantes aplicados em dívida pública estrangeira foi também de 2,3% no final do terceiro trimestre, e de 6,9% face ao período homólogo.