Valor de mercado dos certificados de reforma aumentou quase 6% em 2016

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bcbusinesshub, Flickr, Creative Commons

Além dos tradicionais fundos de investimento que são geridos por entidades gestoras, existem também um produto que é gerido pelo Estado e que apresenta algumas semelhanças com os ‘tradicionais’ fundos de investimento. Tratam-se dos Certificados de Reforma que se destinam “à concretização dos objetivos do Regime Público de Capitalização e contém duas carteiras autónomas, sendo a carteira da fase de acumulação destinada à maximização do valor capitalizado das contribuições dos aderentes”, segundo se lê na política de investimento do produto.

Em termos de alocação de ativos, o documento oficial é muito claro: a Dívida Pública terá de ser, pelo menos, 50% da carteira, com a Dívida Privada a não poder exceder os 40%, com as ações a  não poderem representar mais de 25% da carteira.

No último relatório, referente ao mês passado, o valor de mercado era de 39,086 milhões de euros, um valor mais baixo em 0,4% ao registado no mês anterior. Se compararmos com o valor do final de 2015, o crescimento é de quase 6%, que em termos monetários representa um incremento de mais de dois milhões de euros.

Se analisarmos o produto em termos de rendibilidade, a valorização média anual nos últimos três anos é de 2,97%. Este valor é superior ao registado nos últimos doze meses, que se fixa em 2,29%.

Dívida com forte presença

Tal como era de esperar – e como nos diz o prospeto – os produtos de dívida ocupam grande parte da carteira. No último relatório publicado, os títulos de dívida superavam os 80% da carteira, com a dívida pública portuguesa a fazer-se representar com mais de 25% dos ativos em carteira. Já a dívida OCDE onde se exclui a dívida nacional representa a maior fatia do produto, com mais de 55%. As ações fixam a sua presença em pouco mais de 19% do investimento realizado.

Evolução do valor de mercado em 2016

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Fonte: Seg Social.