Valor das ordens de gestoras de activos nacionais sobe 21% em Julho para máximo de quatro meses

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Abhisek Sarda, Flickr, Creative Commons

De acordo com o relatório estatístico mensal relativo à recepção de ordens por conta de outrem, divulgado pela CMVM, as ordens recebidas de gestoras de activos residentes ascenderam a 1,04 mil milhões de euros em Julho, o que compara com 858,9 milhões em Junho e é o valor mais elevado desde Março (1,19 mil milhões de euros).

Por tipo de valor mobiliário, o mesmo documento mostra que o maior montante das ordens recebidas pelos intermediários, destas gestoras, foi sobre dívida privada (468,5 milhões de euros), seguindo-se dívida pública (285,2 milhões) e acções (279,3 milhões).

Em termos acumulados desde início do ano, o montante das ordens dadas pelas gestoras residentes ascendia, no final do mês passado, de 6,32 mil milhões de euros, mais 8% que no período homólogo de 2011, segundo as mesmas estatísticas. Por valor mobiliário, a dívida privada continua a liderar as ordens recebidas (2,6 mil milhões de euros), seguindo-se as acções (2,2 mil milhões) e a dívida pública (1,4 mil milhões).

Não residentes reduzem

Relativamente às gestoras de activos não residente, a tendência é inversa à das residentes, analisando o mês passado e no total dos primeiros sete meses de 2012.

De acordo com o relatório estatístico da CMVM, em Julho o valor as ordens recebidas pelos intermediários de gestoras estrangeiras foi de 102,5 milhões de euros, o que representa uma descida de 25% face a Junho (137 milhões) e é o valor mensal mais baixo desde Novembro de 2010. Desde início de 2012, o montante ascende a 863,5 milhões de euros, menos 16% que no período entre Janeiro e Julho de 2011.

Por valor mobiliário, a maioria das ordens são dadas sobre acções: no mês passado foram de 68,6 milhões de euros (66,9% do valor total) e, desde início deste ano, são de 717,6 milhões (83% do valor total). Dívida privada e outros valores mobiliários são as outras duas categorias mais representativas, entre as ordens recebidas de gestoras de activos  pelos intermediários financeiros.