UPs de fundos monetários estrangeiros triplicam nas carteiras das gestoras de patrimónios

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Oakwood30, Flickr, Creative Commons

O vaivém de movimentos nos mercados financeiros tem tido o seu reflexo mais do que normal nas próprias aplicações das gestoras de patrimónios. Números da APFIPP indicam que no final de junho as gestoras que fazem gestão discricionária atingiam um montante sob gestão de 57,1 mil milhões de euros, o que constitui, sem grande novidade, mais um decréscimo para este sector.

No que toca à evolução das aplicações nas carteiras das sociedades gestoras de patrimónios verifica-se que, no mês de junho, por exemplo, o investimento direto no mercado acionista reduzia-se em cerca de 13%.

Relativamente ao investimento em unidades de participação de fundos mobiliários constata-se que no mês em análise a rubrica que mais avançou foi a das unidades de participação (UPs) de fundos monetários estrangeiros. Face a maio, o valor alocado a esta rubrica cresceu cerca de 225%, ou seja mais 15,9 milhões de euros . Desta feita, no final de junho as UPs de fundos monetários estrangeiros apesar de ocuparem apenas 0,04% do total dos portfólios das sociedades gestoras de patrimónios, somavam um valor investido de 22,9 milhões de euros.

A evolução das UPs de fundos monetários estrangeiros em 2016

Embora, como já referido, o valor investido nas UPs de fundos monetários estrangeiros tenha mais do que duplicado face a maio, é de realçar que a evolução desta alocação não tem sido linear no ano, como se verifica no gráfico abaixo.

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Em janeiro o montante alocado às UPs destes produtos era de 57 milhões de euros, valor que desceu a pique até março, provavelmente por via da própria redução de investimento no mercado de fundos em geral.

UPs de outros fundos mais conservadores em crescimento

Ainda na fotografia do mês de junho, verifica-se que as UPs dos fundos referidos atrás não foram as únicas que cresceram, tendo-se destacado o incremento de outros produtos mais conservadores. Destaque, por exemplo, para o crescimento de cerca de 5% nas unidades de participação dos fundos obrigações estrangeiros e também, na mesma medida, das UPs de FIM de obrigações portugueses.