Um quarto dos investidores portugueses teme não estar a poupar o suficiente para a reforma

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401(K) 2013, Flickr, Creative Commons

Quase um quarto dos investidores portugueses (23%) está preocupado por não poupar o suficiente para a reforma, refere a Schroders no seu Global Investor Study. Uma preocupação que a gestora classifica como estando alinhada com os resultados globais, pois 24% dos investidores partilha desses receios.

O estudo – que inquiriu mais de 25.000 investidores de 32 locais do mundo – revela que, globalmente, um terço dos baby-boomers (34%) está apreensivo relativamente à quantidade de dinheiro que está a poupar, o que compara com 20% dos millennials. Em termos regionais, avança a gestora, os investidores da Ásia e da Europa são os que revelaram estar mais preocupados com os níveis de poupança, com 26% e 25% respetivamente. Afirmam, segundo o estudo da gestora, que estão nervosos com a dimensão das suas poupanças para a reforma. Isto compara com 22% de inquiridos no continente americano.

 

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“Apesar destes receios, a população global espera conseguir retirar, em média, 10,3% das poupanças de reforma todos os anos, sem ficar sem dinheiro, o que revela um desencontro entre as provisões das pessoas e aquilo que elas esperam gastar na reforma”, lê-se nas informações da entidade. Um desencontro, dizem, que se sente ainda mais em Portugal já que os investidores esperam conseguir retirar 10,7% das suas poupanças de reforma todos os anos e não ficar sem dinheiro.

Na Europa, em termos de países, Portugal está muito alinhado com os resultados globais, pois a população poupa cerca de 15,3% do seu rendimento atual (incluindo as contribuições dos empregadores) para a reforma. Por sua vez, a população Russa é a que poupa menos (11,1%), seguida de Espanha (11,2%). Na outra ponta do espectro estão as populações da Áustria e da Suíça, que poupam 21,6% e 21,3% respetivamente.

Dados encorajadores, assinala a gestora, são os que mostram que a “maioria das pessoas no ativo a nível global (94% a nível global, 96% em Portugal) entende que há fatores que podem convencê-las a poupar mais para a reforma”. Um terço (34% a nível global e 33% em Portugal) referiu no estudo que a existência de mais informação sobre a quantidade de dinheiro que precisam de poupar para terem o estilo de vida que querem na reforma, as pode convencer a poupar mais.

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