Três razões que apontam para a validade de investir em Latam a longo prazo

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Nuno Coimbra

“A América Latina continua a ser um atrativo destino de investimentos apesar dos problemas de curto prazo”. Esta declaração é do veterano investidor Mark Mobius, gestor da Franklin Templeton Investments. Segundo Mobius, “a região possui alguns dos maiores recursos e com menor custo de matérias primas chave, incluindo petróleo, metais, minerais e produtos agrícolas; acreditamos que as tendências de procura no longo prazo de materiais básicos vão melhorar à medida que melhora o crescimento económico global e emergente”.

O gestor acredita que outro factor que pode apoiar num caso de investimento de longo prazo na região são os “rápidos avanços na tecnologia”, já que a inovação atual nestes mercados pode dar um salto de um nível baixo, para um uso sofisticado das tecnologias, sem se passar por uma fase intermédia.

A terceira razão que Mobius aponta para que se preste atenção à região tem que ver com a demografia da população: “Os grupos de idade mais baixa geralmente dominam as populações das nações emergentes incluindo a América Latina, em contraste com muitas partes do mundo desenvolvido, que têm populações envelhecidas”, resume.

Mobius justifica o seu entusiasmo com esta afirmação: “O mercado tende a pensar no futuro, enquanto que as estatísticas económicas olham para o passado. Isto, por vezes, conduz ao desequilíbrio. Em períodos em que os mercados tenham ficado desfavorecidos, olhamos para os investimentos que acreditamos que foram castigados injustamente pela queda geral do sentimento dos investidores e parecem subvalorizados em relação ao seu verdadeiro potencial”. Na verdade, o conhecido gurú afirma que “recentemente temos visto várias oportunidades numa série de ações latino-americanas”.