Três argumentos de Impacto do Investimento Indexado

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(TRIBUNA de Juan San Pio, diretor comercial da Amundi ETF, Indexing & Smart Beta para a Península Ibérica e América Latina. Comentário patrocinado pela Amundi.)

Investimento responsável, investimento sustentável, investimento ESG, investimento ético… a lista continua, como também parece crescer o apetite dos investidos em adotar uma abordagem mais responsável no momento de realizar os seus investimentos. Além disso, as tendências se aceleraram durante as últimas turbulências. Durante os primeiros nove meses deste ano, foram investidos quase 20 mil milhões de euros em ETF ESG na Europa, três vezes mais do que no mesmo período de 20191.

É possível integrar a perspetiva ESG dentro de uma estratégia indexada? Na nossa opinião, dentro de uma carteira ESG, há lugar tanto para a gestão ativa como para as estratégias indexadas. Com cerca de 10 biliões de euros2 de ativos que replicam índices globais será negligente por parte da indústria ignorar o impacto potencial dos ativos que estão a mudar para incorporar os critérios ESG. Por isso, consideramos que a gestão indexada vai desempenhar um papel-chavea transição para uma adoção generalizada do investimento ESG. Com uma gama cada vez maior de índices ESG transparentes disponível para os investidores, atualmente é mais fácil do que nunca identificar estratégias que se adaptem às suas convicções pessoais e objetivos ESG, assim como aos seus perfis de risco e às suas expectativas de rentabilidade.

Diversificando o ESG e o investimento indexado

1) Mito 1: O investimento ESG baseia-se em valores, e os valores pessoais não se podem refletir num índice genérico

É verdade que o "tamanho único" não serve a todos quando se trata de investimentos ESG, dado que a tolerância ao risco individual, regulamentos regionais, convicções pessoais, objetivos de comportamento e muitos outros fatores desempenham um papel fundamental na hora de alocar apropriadamente o investimento ESG. No entanto, com mais de 1.000 índices ESG disponíveis, que cobrem desde exposições a grandes mercados com leves exclusões ESG até investimentos alinhados com o clima, os investidores têm um vasto leque de opções para construir um portefólio adequado aos seus objetivos. Esta é a razão pela qual na Amundi temos estruturado as nossas estratégias de investimento responsável por níveis de integração ESG, Universal through Leaders a ISR e Clima, num espectro que varia de "verde claro" a "verde escuro".

Neste sentido, a capacidade de incorporar metas sustentáveis ​​mais avançadas é resultado de melhorias constantes nos dados ESG: os provedores de índices têm agora uma vasta gama de dados sobre os quais desenvolver índices alinhados com os Objetivos de Desenvolvimento Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS) ou voltados para a redução de gases de efeito estufa. Na verdade, muitos gestores ativos usam os mesmos dados como base para o desenvolvimento e gerir as suas estratégias ESG, já que grandes provedores de dados ESG são os provedores de índices.

2) Mito 2: Os investidores de fundos indexados não têm voz como participantes, só replicam o índice

Muitos investidores não se dão conta de que podem ter uma voz ativa na gestão das empresas nas que investem os seus fundos indexados. O grande volume de ativos que está investido de forma passiva a nível mundial implica que há muitos acionistas com a capacidade de fazer-se ouvir. Para conseguir essa notoriedade devem desenvolver políticas de voto e engagement.

·         Votação dos acionistas: Os acionistas têm direito de votar nos Conselhos Gerais de Acionista, o que lhes permite influenciar na gestão dessas empresas. Para alguns investidores, o voto pode ser considerado parte do seu dever fiduciário; uma forma de encorajá-los a agir no interesse dos seus beneficiários. Da mesma forma, a votação pode ser sobre qualquer tipo de tópico, desde a compensação de trabalhadores até à diversidade de género.

·         Engagement. Esta é uma prática em que os gestores de ativos discutem assuntos considerados de risco para os negócios das empresas em que investem. A intenção será promover mudanças para reduzir riscos que, em última instância, beneficiará tanto as empresas como os investidores. Alcançando compromissos em nome dos nossos investidores, podemos ajudar a mudar organizações e promover uma abordagem positiva e de longo prazo; aquele que é melhor para o comportamento financeiro e melhor para a sociedade como um todo.

3) Mito 3: O investimento indexado carece de impacto

É comum considerar o investimento de impacto como uma abordagem de nicho que prioriza o impacto desempenho social e ambiental positivo acima da rentabilidade financeira. Contudo, os investidores de fundos indexados também podem ter um impacto se alocarem os seus ativos em mais estratégias sustentáveis e se usarem a vasta gama de índices existentes. Assim, por exemplo, um melhor índice best in class poderá recompensar empresas que superam os seus homólogos em termos de critérios ESG (através da inclusão ou sobreponderação no índice). Neste sentido, os índices impulsionam as empresas a melhorar e a permanecem na vanguarda do seu setor.

Da mesma forma, é possível desenhar índices dinâmicos que proporcionam um impacto através do desinvestimento progressivo, sistemático e transparente de empresas que não atendam aos critérios estabelecidos no regulamento do índice. Estes padrões podem ser baseados numa série de métricas mensuráveis, incluindo políticas ESG, cumprimento de metas de diversidade ou cumprimento metas de emissões de carbono. Desta forma, tanto pode optar por uma solução de replicação índices que já estão disponíveis no mercado ou optar por trabalhar com um gestor de ativos para desenvolver um mandato personalizado para seguir um índice projetado para cobrir as suas necessidades. As opções geridas por meio de índices podem ser eficientes em custos, transparentes e podem constituir uma forma eficaz de cumprir os objetivos do investimento responsável.

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1 Fonte: Amundi e Bloomberg a 30/09/2020

2 Fonte: dados da Morningstar compilados pelo Investment Company Institute a 31/11/19

 

 

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