Tecnologia em destaque nos fundos estrangeiros mais subscritos em março

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Babo Style, Flickr Creative Commons

Março foi mais um mês marcado por eventos políticos. “A primeira «empreitada» de Trump para anular o ObamaCare não foi bem-sucedida e ocorreu a subida de taxas de juro por parte da FED já consensualmente antecipada pelos analistas. Deste lado do Atlântico as eleições holandesas e a confirmação do Brexit lideram os temas mais discutidos.” João Graça, do ActivoBank, refere também as eleições francesas e a situação da dívida grega como assuntos incontornáveis do último mês.

A nível de investimentos, diz, “dado o atual cenário de taxas de juro extremamente baixas, as tradicionais soluções de taxa fixa não têm sido capazes de atingir os objetivos de retorno que os investidores mais conservadores procuram, pelo que sair desta esfera tem sido uma necessidade, por um lado assumindo mais risco como no high yield ou mercados emergentes e por outro procurando estratégias alternativas de dívida que assegurem alguma estabilidade com retorno consistente”.

Do lado do Banco Best, o topo da lista dos mais subscritos está assegurado por fundos de alocação multiativos. Dois produtos que “nos têm acompanhado nos últimos tempos”, refere Rui Castro Pacheco, head of asset management, destacando a recuperação do Nordea Stable Return este trimestre “depois de uma segunda metade de 2016 mais difícil. “Quanto ao Global Total Return da MFS, continua a mostrar uma boa consistência, ainda que com mais volatilidade, o que o leva a estar no primeiro lugar das preferências em março”.

Já na componente mais conservadora, “encontramos dois fundos muito diversificados e flexíveis e que são o Jupiter Dynamic Bond e o Pimco Income”, refere o profissional do Best, que chama a atenção, ainda nas obrigações, para a aposta “muito específica no mercado brasileiro” com o Aberdeen Brazil Bond. “Com os mercados acionistas a ajudarem neste início de ano, o top mensal acaba por apresentar metade dos fundos nesta categoria de investimento. Se alguns investidores preferiram uma aposta genérica e muito diversificada com o fundo HSBC Economic Scale Index Global Equity, a maioria acabou por escolher estratégias mais específicas”, remata.

Segmento de tecnologia em destaque

“Na classe de ações, a escolha tem recaído em pequenas e médias empresas, particularmente nos EUA, onde as medidas protecionistas de Trump poderão proporcionar uma melhoria de resultados”, revela o profissional do ActivoBank, que acrescenta que o segmento de tecnologia global “continua a proporcionar, no entendimento dos investidores, boas oportunidades com o desenvolvimento de novos produtos, IPO’s e M&A”.

Também no Banco Best, a tecnologia foi uma tendência nos investimentos dos clientes, que este mês optaram por investir no fundo Pictet Robotics, “que aposta em empresas que estão hoje a desenvolver os Robots que nos vão ajudar no futuro”, adianta Rui Castro Pacheco. Fora deste tema, o profissional destaca o produto Invesco Gold & Precious Metals, “que investe em empresas ligadas à extração e venda de ouro e outros metais preciosos”. “As outras duas apostas são mais regionais, uma na economia europeia, que parece estar a ganhar o seu «momento», com o fundo MFS European Value e outra na economia americana, com o M&G North American Dividend”, acrescenta.

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Fonte: informação cedida pelas próprias gestoras.