Subscrições líquidas: os fundos multiativos nacionais em 2018

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Conforme pudemos constatar, a categoria de fundos multiativos dominou a lista de produtos com melhor saldo de subscrições líquidas em 2018. Assim, e depois de termos visto os fundos de obrigações e do mercado monetário que mais captaram no ano transato, bem como a evolução das subscrições líquidas de ambas as categorias ao longo dos 12 meses do ano, é tempo de fazermos o mesmo exercício para a categoria de fundos multiativos.

O topo da lista é ocupado por três produtos da responsabilidade da Caixagest, sendo que apenas um ultrapassou os 100 milhões de euros de subscrições líquidas. Trata-se do Caixagest Seleção Global Moderado, cujo saldo entre subscrições e resgates ascendeu a cerca de 125,6 milhões de euros. Seguem-se os seus dois “irmãos” da gama de multiativos, o Caixagest Seleção Global Dinâmico e o Caixagest Seleção Global Defensivo, com um volume de subscrições líquidas de 53,83 milhões de euros e 49,26 milhões de euros, respetivamente.

Acima dos 20 milhões de euros em subscrições líquidas encontramos também três produtos mais defensivos e um de alocação moderada da responsabilidade de três entidades distintas. O primeiro é o IMGA Alocação Conservadora, veículo que é atualmente gerido por Rui Machado e Ricardo Líbano, e que encerrou o ano de 2018 com um saldo de subscrições líquidas de 44,24 milhões de euros.

Imediatamente a seguir surge o Santander Select Moderado, cuja gestão está a cargo de Stefano Amato, e que obteve um saldo entre subscrições e resgates de 31,72 milhões de euros. Atrás deste surge um outro produto da responsabilidade da Santander Asset Management, o Santander Poupança Prudente FPR, que apresenta um saldo de subscrições líquidas de 30,46 milhões de euros. O quarto produto está a cargo da Caixagest, sendo um fundo multiativo temático. Falamos do Caixagest Investimento Socialmente Responsável, produto que encerrou o ano com um saldo de subscrições líquidas de 22,67 milhões de euros.

Fundos multiativos com saldo de subscrições líquidas superior a cinco milhões de euros em 2018

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Fonte: Morningstar Direct, dezembro de 2018

Primeiro semestre positivo e segundo semestre mais conturbado

Olhando para a evolução mensal das subscrições líquidas verificamos que a categoria de fundos multiativos encerrou o primeiro semestre de 2018 num contexto bastante robusto, apresentando um saldo positivo em cada um dos seis meses – o que poderá sugerir alguma procura por parte dos investidores de uma maior diversificação de risco, tendo em conta a volatilidade que se instalou nos mercados a partir do mês de fevereiro.

Contudo, com a chegada do segundo semestre, o contexto parece ter-se alterado, com o mês de julho a ser, inclusive, o pior mês para a categoria, com um saldo de subscrições líquidas negativo de 60,20 milhões de euros. Assim, nos últimos seis meses do ano, setembro e outubro foram os únicos meses que terminaram com um saldo positivo.

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Fonte: Morningstar Direct, dezembro de 2018