State Street lança uma ferramenta para saber como os investidores internacionais estão a posicionar as suas carteiras em obrigações

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Cafecredit, Flickr, Creative Commons

A State Street Global Advisors lançou o State Street Global Advisors SPDR Bond Compass, um documento que oferece uma perspetiva única de como os investidores internacionais estão a posicionar as suas carteiras de dívida em função dos fluxos globais e indicadores de tendências que a State Street recolhe. A análise mostra as posições atuais do conjunto de investidores da amostra numa variedade de instrumentos de dívida e evidencia comportamentos de compra e venda do último trimestre. Estes dados proporcionam uma perspetiva integral do sentimento de investimento e permitem ao observador reduzir o ruído do mercado para ver a realidade das posições subjacentes.

O contraste entre as posições existentes e as tendências de compra recentes permite interpretar as perspetivas dos investidores para a sua exposição em cada tipo de ativo no futuro. O Bond Compass irá ser publicado trimestralmente apoiando-se na análise proprietária que o State Street Global Markets realiza, uma divisão da State Street. Proveniente de uma mostra de 10 biliões de dólares em ativos sob gestão, que representam pouco mais de 10% do património global investido em instrumentos de dívida, o documento apresenta uma fotografia dos fluxos globais em obrigações, assim como uma indicação de posições para o terceiro trimestre de 2018.

“Os fluxos em obrigações indicam que os investidores consideram que a inflação é maioritariamente benigna e que não estão preocupados atualmente com as perspetivas inflacionárias, uma tendência confirmada pelos nossos dados até ao início de outubro. O que estamos a observar é uma reavaliação do risco e uma revisão das posições ao longo das partes da curva, mas não as compras de proteção. Se a isto se agregarem compras modestas em crédito, os fluxos parecem indicar que os investidores a longo prazo não estão ainda a entrar em pânico. A informação geral que os nossos indicadores fornecem é que, apesar da recente volatilidade, os investidores mantêm-se cautelosamente otimistas sobre o crescimento a médio prazo”, comenta Michael Metcalfe, diretor global de Estatégia Macro para a State Street Global Markets.

“Os investidores institucionais ajustaram as suas exposições de risco, reduzindo parte da sua subponderação na parte mais plana da curva norte-americana, procurando um pouco mais de inclinação”, acrescenta Antoine Lesné, chefe de Estratégia e Análise para a EMEA para SPDR ETF. “Curiosamente, não estamos a ver grandes compras de proteção contra a inflação, apesar de todo o ruído mediático sobre o crescimento dos salários começar a ameaçar o ritmo das subidas de taxas nos EUA. Embora as operações de redução de risco não tenham acelerado, falta ver se o apetite do investidor em incorporar risco de forma seletiva permanece intacto na segunda metade do último trimestre, quando a alocação de ativos se torne mais dinâmica, contra um marco de maior volatilidade nos mercados”, afirma.