Sistema bancário forte, moderno e confiável para o futuro

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"Forte, moderno e confiável". Foram estas as palavras que o presidente da Associação Portuguesa de Bancos, Fernando Faria de Oliveira, utilizou no seu discurso realizado em Luanda, por ocasião do 12º aniversário do Banco SOL, para identificar o sistema bancário no futuro. O presidente da APB afirma, ainda, que “os grandes desafios de um país são, sempre, o do desenvolvimento (que é um trabalho de gerações) e o da sua afirmação no Mundo. Os objectivos principais dos países são criar riqueza e bem-estar – e  isso requer uma boa sociedade, uma boa economia e um bom processo  político”.

Sistema bancário forte

Para que o sistema bancário seja forte, existem algumas peças do puzzle que têm de se conjugar para que a estrutura fique ainda mais forte.  “Bancos bem capitalizados, balanços sólidos,  acesso a “funding” em condições favoráveis, modelos de negócio claros e coerentes, boa governação, gestão rigorosa do risco e do “compliance”, adequado benchmark tecnológico relação amigável com os clientes, através de boas práticas e de transparência, comunicação interna e externa que contribua para uma relação de confiança com o público”, são algumas das directrizes que as instituição financeiras devem seguir segundo o presidente da APB.

Os grandes desafios para o futuro

São quatro as áreas mais desafiantes, segundo Faria de Oliveira: Economia, regulação, tecnologia e  um novo paradigma nos negócios. A “crise da área do Euro e o PAEF em Portugal” representam os desafios económicos. Já na regulação, Faria de Oliveira destaca “a próxima entrada em vigor de Basileia 3 e a sua correspondente transposição para o universo europeu através da nova Directiva e do novo Regulamento de Requisitos de Capital (CRD 4 e CRR). Com esta nova regulação surgirão novos desafios para o sector bancário, em termos de rácios de capital, rácios de liquidez e de leverage; o Single Rule Book, ou seja, a institucionalização de guidelines e standards comuns para todos os Estados-Membros da UE em termos da operacionalização das regras da CRR e da CRD 4, de modo a facilitar um “level playing field”; entre outros.

Já nos meios tecnológicos, o destaque vai para a melhoria dos canais de distribuição e para os meios de pagamento.

A diminuição da dependência do BCE e o reforço das fontes estáveis de financiamento, a qualidade dos ativos e o controlo das imparidades e a inovação de produtos e serviços” fazem parte do novo paradigma dos negócios dos bancos.