Seguros Financeiros impulsionam recursos fora de Balanço da Caixa e do Santander Totta

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O ano de 2018 para a Caixa Geral de Depósitos acabou por refletir, segundo o que a entidade agora comunica, a implementação do seu Plano Estratégico. Os resultados consolidados da entidade em 2018 mostram um resultado líquido positivo de 495,8 milhões de euros, o que compara com os 52 milhões de final de 2017.

No que aos recursos fora de balanço diz respeito, a tendência foi de crescimento em termos totais. A rubrica terminou 2018 com um crescimento de 3,5%, cifrando-se nos 19.887 milhões de euros. Contudo, e apesar desta subida, as componentes de fundos de investimento mobiliário, fundos de  investimento imobiliário e fundos de pensões, terminaram o ano em decréscimo, como visível na tabela abaixo. A queda mais agressiva foi protagonizada pelos fundos imobiliários, que registaram uma queda de 20,1% no ano, terminando 2018 nos 777 milhões de euros. Mais brandas foram as quedas protagonizadas pelos fundos mobiliários e fundos de pensões – os primeiros registaram uma variação de -4,6%, e os segundos de -3,4%.

 

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Dentro dos produtos fora de balanço, o grande destaque foi portanto para os Seguros financeiros, que terminaram 2018 com um avanço de 12,4%, correspondente a 947 milhões de euros. Se no final de 2017 estes produtos arrecadavam 7.639 milhões de euros, no final de 2018 esse montante ascendia a mais de 8.500 milhões de euros.

No que às quotas de mercado diz respeito, a Caixa Geral de Depósitos apresenta uma quota de mercado de 33,2% em fundos de investimento mobiliário, 43% em Seguros Financeiros e 55,6% em PPR.   

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Recursos fora de balanço do Santander Totta também beneficiam do aumento dos seguros e outros recursos

À semelhança da CGD, o Santander Totta também encerrou o ano de 2018 com um resultado líquido positivo, desta feita de 500 milhões de euros, um crescimento de 14,6% em comparação com o período homólogo. Pedro Castro e Almeida, presidente executivo do Banco Santander Totta, destaca que “os resultados nas várias áreas mostram um crescimento sustentado e equilibrado do negócio gerado em Portugal”, atribuindo o resultado líquido alcançado ao “crescimento de 24,3% da margem financeira e de 10% do produto bancário”.

Os recursos fora de balanço, por seu turno, alcançaram um crescimento de 13,2%, passando de 5.240 milhões de euros em dezembro de 2017 para 5.929 milhões de euros no final de dezembro de 2018. Este crescimento resultou de um aumento de 21,4% verificado ao nível da rubrica ‘seguros e outros recursos’, que compensou o decréscimo de 0,9% registado pela rubrica ‘fundos de investimento comercializados pelo banco’. No relatório publicado, a entidade refere que o crescimento da rubrica ‘seguros e outros recursos’ teve o contributo da aquisição do ex-Banco Popular Portugal, tendo a entidade passado a incorporar a carteira da Eurovida.

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Quanto às comissões líquidas, cujo montante superou os 300 milhões de euros, o contributo das comissões de seguros financeiros e de risco foi de 26% do total, tendo o valor ascendido a 80 milhões de euros.