Movimentos no negócio da indústria de gestão de ativos. No quadro do processo de reorganização das estratégias das gestoras internacionais a nível europeu, o Luxemburgo está a tornar-se muito importante. Nos últimos anos, a região passou de ser o centro operacional com um papel de maior importância enquanto centro de negócio, impulsionado por fatores como o Brexit e a tendência para a redução de custos no horizonte, bem como por oferecer uma maior aproximação aos centros de negócio da Europa continental.
A última a reforçar a sua posição no Luxemburgo foi a Schroders. A sucursal da Schroders na Península Ibérica irá passar de depender da Schroder Investment Management Limited (UK) para depender da Schroder Investment Management (Europe) SA a partir de janeiro de 2019.
“A mudança de sucursal para o Luxemburgo responde a uma reorganização societária interna que reconhece a importância do Luxemburgo como núcleo de atividade para o negócio na Europa Continental da Schroders”, explicam da gestora. “Isto não terá nenhum impacto no negócio tradicional da Schroders nem nas suas relações com os seus clientes na Península Ibérica, onde temos uma sucursal desde 1998”, acrescentam.
Não é a única gestora a potenciar recentemente o seu negócio europeu a partir de Luxemburgo. Em maio passado, a Columbia Threadneedle Investments comunicava os seus planos para transferir os ativos dos seus clientes na UE da gama OEIC que a empresa tem no Reino Unido para os fundos equivalentes da sua gama domiciliados na sua sicav de Luxemburgo, com o objetivo de prestar o melhor serviço aos clientes europeus, após a saída do Reino Unido da UE.
À sua semelhança, a M&G Investments moveu-se semanas depois, transferindo as classes de ações não denominadas em libras esterlinas de 21 dos seus fundos OEIC domiciliados no Reino Unido para fundos equivalentes na sua gama luxemburguesa.
