Saiba com que fundos encerraram o ano, os investidores das plataformas

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ctinawholesale, Flickr, Creative Commons

O passado mês de dezembro ficou marcado por vários acontecimentos, como relembra João Graça, do ActivoBank. O profissional recorda que no último mês de 2016 vários eventos tiveram lugar dos dois lados do Atlântico, nomeadamente, nos EUA, a “confirmação, mais que esperada, da subida das taxas de juro de referência em 25bp, mas também pelas ações levadas a cabo por Trump para a constituição do seu gabinete e reações a vários acontecimentos, que reforçam a sua intenção de adoptar uma política protecionista”. Na Europa, por sua vez, foi o sistema financeiro que dominou as atenções. “Por um lado, o BCE além de estender o QE até ao final de 2017, desceu o montante de compras mensais para 60bn€, levando o mercado a focar-se neste valor e a assumir o “tapering””, realça o profissional. Apesar desta redução, contudo, o universo de ações foi alargado “devido à retirada da limitação da compra de títulos com a yield até -0.4%”.

Mas as notícias sobre o sector financeiro adensaram-se ainda mais. Por um lado surgiram boas notícias para o Deutsche Bank e Credit Suisse, “que chegaram a acordo sobre os valores de coimas a pagar à SEC”, enquanto que por outro lado, “os problemas em Itália adensam-se com o Banco Monte Dei Paschi a não conseguir levar a cabo o seu plano de capitalização e a solicitar a ajuda estatal ao abrigo da nova lei assinada no dia anterior pelo governo italiano”. Para fechar esse rol de notícias, de destacar é também que “o UniCredit além de anunciar a venda da Pioneer Investments à Amundi por 4.3bn€, comunicou o início de um plano de recapitalização no valor de 13bn€”.

Valor em EUA 

Neste contexto, da plataforma de fundos apontam que “a procura por pequenas e médias empresas norte-americanas que tenderam a beneficiar com o maior clima de protecionismo que se sente um pouco por toda a parte em conjunto com obrigações high yield com o objetivo de procurar retorno que tentativamente compense o risco existente no mercado, imperam na escolha do investidor – sendo notório com a presença de 2 fundos US Small Caps no Top de subscrições”. Outra das aparições no top foi o fundo Pictet Absolute Return Fixed Income, que, segundo a entidade, aparece “como consequência da alteração na recomendação de fundos de investimento abandonando o MSS Euro Corporate Bond por acreditarmos que as valorizações neste espaço já se encontram muito esticadas”.

Premiar o desempenho positivo

No caso do Banco Best, Rui Castro Pacheco, head of asset management, fala da aparição, nos lugares cimeiros, do Nordea Stable Return e do MFS Global Total Return. “Dois fundos com uma gestão relativamente prudente e muito diversificada”, que  “acabaram por terminar o ano com um desempenho bem positivo, sobretudo o fundo gerido pela MFS”.

Na parte mais conservadora, representada pelos fundos de obrigações, da entidade realçam quatro produtos. “Os fundos geridos pela Jupiter (Dynamic Bonds) e pela Pimco (Income) são dois fundos mais abrangentes na sua flexibilidade de investimento nos vários segmentos de dívida e regiões geográficas”, explica, acrescentando que “os fundos gerido pela Pioneer (Emerging Market Bond) e pela T. Rowe Price (European High Yield Bond) são mais específicos, o primeiro ao investir apenas nos Mercados Emergentes, ainda que com flexibilidade no tipo de moeda (forte ou local) e emitente (empresas ou países), e o segundo ao investir apenas em empresas europeias com baixa qualidade de crédito”.

Por fim, no âmbito das ações, foram também quatro os exemplares a figurar. Da entidade realçam a preferência por “estratégicas mais específicas”, à execeção do Economic Scale Index Global Equity do HSBC, “o único fundo mais global e genérico”. Quanto aos restantes três fundos, realçam “uma estratégia da BNY Mellon (Global Equity Income) que procura as empresas com bons e estáveis dividendos, uma estratégia da BlackRock (World Healthscience) que se foca em empresas do sector da saúde e outra da MFS (European Value) que procura empresas europeias consideradas “Value””.

Fundos mais subscritos em dezembro 

Captura_de_ecra__2017-01-9__a_s_17Fonte: informação cedida pelas entidades