Reformas estruturais na Índia: precisam-se

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dario b, Flickr, Creative Commons

O mercado indiano ainda é uma das grandes dores de cabeça para os investidores internacionais. Apesar da recuperação do Sensex na semana passada, em parte devido aos bons resultados macroeconómicos na China, a rupia esteve a negociar em níveis recordes de 63,77 dólares (dados de 12 de setembro).

Para o especialista da Schroders, no mercado indiano, Manish Bhatia, o banco central decidiu apertar a política monetária para evitar que a inflação atingisse valores mais altos, o  que “levou as taxas de juro mais elevadas e consequentemente a um crescimento mais lento”.

No entanto, a fraqueza da rupia não é o único factor, aos olhos dos especialistas da Schroders, para a fuga de capitais do país. O grande défice do país, a incerteza política devido à ausência de propostas antes das eleições no país e a necessidade de reformas estruturais são os maiores problemas para a Índia, identificados pela gestora. Contudo, chegar a acordo sobre a retirada do estímulo do Banco Central (Fed) será um catalisador para o castigo. "O Fed também tem impacto no resto da região e esperamos que continue a volatilidade, mas em termos gerais, continuamos o nosso compromisso com os indicadores fundamentais para o crescimento da região”, aponta a Schroders .

Que setores estão a aguentar melhor?

“A rupia enfraquecida traz problemas aos sectores mais virados para a exportação, como as farmacêuticas e as tecnologias de informação”, explica Manish Bhatia. "Na verdade , os valores desses setores têm sido relativamente bons no meio da correção monetária", continua o especialista.

No setor financeiro , a história é um pouco diferente. A Schroders está apenas interessada em bancos privados , "que têm de ser melhor geridos e mais transparentes do que o Estado.”