Receção de ordens sobre dívida pública em destaque no último trimestre de 2017

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Amanda Govaert, Flickr, Creative Commons

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários revelou, no relatório de intermediação financeira relativa ao último trimestre de 2017, que o volume das ordens recebidas no mercado a contado ultrapassou os 29,5 mil milhões de euros, montante que representa um crescimento de 39,1% face ao terceiro trimestre do mesmo ano. Já comparativamente ao final de dezembro de 2016, verifica-se um crescimento de 14,7%.

A dívida pública foi não só o ativo financeiro que maior preponderância apresentou no montante global, representando 52,6% do total, mas também aquele que maior variação trimestral registou – aumento de 63,2%. Seguem-se a dívida privada e as ações, com crescimento trimestral de 14,3% e 27,1%, respetivamente.

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Fonte: CMVM, dezembro de 2017

Verificou-se, por outro lado, um aumento do valor das ordens tanto por parte dos investidores residentes, como dos investidores não residentes, embora mais significativo no segundo caso. Assim, o valor das ordens recebidas por parte dos primeiros ascendeu a 11.663,7 milhões de euros (que corresponde a 39,5% do total), o que representa um aumento de 29,8% face ao trimestre anterior. O valor das ordens recebidas por parte dos investidores não residentes, por seu turno, totalizou 17.838,7 milhões de euros – um aumento de 46%.

Mercado a prazo: volume de ordens recebidas cresce 21%

O panorama das ordens recebidas no mercado a prazo terminou com um volume de 24.293,3 milhões de euros – um crescimento trimestral de 21% -, sendo que os CFDs e os futuros foram os instrumentos financeiros mais transacionados pelos investidores, representando 61,6% e 34,2% do total, respetivamente. Ao nível dos ativos subjacentes, as taxas de câmbio (45,4%) e índices (21,1%) surgem como os ativos em destaque.

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Fonte: CMVM, dezembro de 2017