Ranking de gestão de patrimónios reconfigura-se em final de ano

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Miriam Cardoso de Souza, Flickr, Creative Commons

A gestão de patrimónios nacional terminou em decréscimo no ano que passou. Contudo, essa situação ficou a dever-se mais a condicionantes de mercado do que propriamente ao desempenho deste segmento de negócio. Como já lhe tínhamos dado conta em novembro, por via das informações reveladas pela APFIPP,  “na sequência da aquisição da BPI GA e da BPI Vida e Pensões pelas congéneres espanholas do Grupo Caixabank (Caixabank AM e a VidaCaixa), tem ocorrido a assumpção pelas empresas portuguesas de atividades até agora delegadas entre empresas do Grupo BPI”.

No relatório de dezembro revelado pela Associação  (em que os montantes sob gestão das entidades associadas representavam 90,4% do valor total da gestão individua de ativos em Portugal), é apontado que o segmento terminou 2019 nos 56.345 milhões de euros, menos 3,5% face ao fecho de 2018. A redução deste volume sob gestão fica, em grande parte, a dever-se portanto “à redução do volume sob gestão decorre da gestão direta de algumas carteiras de seguros da BPI Vida e Pensões, anteriormente delegada à BPI GA”.

O ranking de gestoras de patrimónios, com a mudança atrás enunciada, alterou-se face ao final de 2018.  No final de dezembro a Caixa Gestão de Ativos, a BMO Portugal, a GNB GA e a Santander AM constituíam o top 4 das maiores gestoras de patrimónios do mercado representando quase 88% deste mercado.

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Fonte: APFIPP

Dunas Capital dá nas vistas percentualmente

Importante de assinalar são as entidades que conseguiram vingar em termos de crescimento em 2019. Percentualmente, o destaque é feito à Dunas Capital, que cresceu no ano 33%, terminando 2019 nos 15,6 milhões de euros de ativos sob gestão. Também em termos percentuais, de assinalar o crescimento da Santander AM - que também em termos absolutos dá nas vistas – com um incremento de 13,2%, correspondente a 698,8 milhões de euros.

Em termos absolutos é a BMO Portugal que acaba 2019 melhor posicionada a este nível. A entidade que em Portugal se dedica exclusivamente a este segmento terminou o ano passado com um crescimento absoluto de 943,2 milhões de euros. Segue-se como já dito a Santander AM, e depois a GNB GA que em termos absolutos avançou 583,5 milhões de euros.