Queda da Selic impulsiona indústria de fundos de imobiliários

Os fundos imobiliários apresentam um crescimento único, no Brasil, dado que, em 2012, os investidores puderam escolher entre 87 fundos disponíveis para negociação na Bovespa face aos 66 de 2011. Também a quantidade de investidores aumentou consideravelmente, passando de 35,2 mil para 96,2 mil no período (175% de crescimento), segundo dados publicados na Infomoney.

A rendibilidade média dos mesmos, em 2012, foi de 40,21% contra 10,26% registados no ano anterior. A título comparativo, a empresa Fundo Imobiliário – Consultoria de Investimentos indica os valor do certificado de depósito interbancário (CDI) que era em 2011 de 9,23% e em 2012 de 6,54% (menos o imposto de retido de 20%). E para o próximo ano, a expectativa mantém-se optimista. “Acho que vamos ter um 2013 ainda melhor do que este ano agora. A popularização dos fundos está só a começar”, refere à Infomoney o consultor de investimentos e fundador do site Fundo imobiliário, Sérgio Belleza.

Esta forte valorização dos fundos em 2012 foi motivada pela queda da taxa de juro de referência, a Selic, que no final do ano estava em 7,25%, menor nível da história. Por outro lado, o Ifix, índice que mede o desempenho dos fundos imobiliários mais líquidos negociados na BM&FBovespa, valorizou 35,02% entre Janeiro e Dezembro do ano passado, bem acima do Ibovespa, que subiu 7,40% e do CDI que avançou 7,82% no mesmo período.

Os investidores brasileiros viram, assim, no mercado de fundos imobiliários, uma alternativa de investimento de risco baixo com um retorno superior ao conseguido nas tradicionais aplicações. No entanto, os profissionais do sector alertam que para 2013 não se espera uma valorização tão expressiva dado que a Selic não deve sofrer tantos cortes.