Quais são as 58 gestoras internacionais com escritório na Península Ibérica

Há aproximadamente 200 gestoras internacionais a comercializar os seus fundos de investimento na Península Ibérica. Dessas 200, 58 têm um escritório de representação aberto na Península Ibérica. É um número recorde que disparou no segundo semestre do ano depois de cinco entidades terem posto fisicamente um pé no terreno. O que aconteceu entre junho e dezembro foi histórico. A indústria viveu uma autêntica avalanche de entidades que abriram um escritório de representação para servir os seus clientes da Península Ibérica. Foram, mais concretamente, cinco gestoras, número nunca visto num período tão curto.

Em apenas quatro meses - entre setembro e dezembro -, as gestoras PIMCO, AllianceBernstein, Eurizon Capital, La Financière de L´Echiquier e a Kames Capital, comunicaram à entidade reguladora a sua aterragem na Península Ibérica. Algumas delas já estão operacionais, como a AllianceBernstein, a Eurizon Capital e a Kames Capital. Outras ainda não estão operacionais, como é o caso da PIMCO e da La Financière de L´Echiquier que foram as últimas a anunciar a abertura. Porém, todas já têm definido quem vai ser o seu responsável máximo no mercado ibérico.

Da análise das estruturas dos escritórios das gestoras internacionais na Península Ibérica podem retirar-se várias conclusões. Em primeiro lugar, que as gestoras internacionais com escritório na Península Ibérica contam com 360 profissionais nas suas equipas. Em média, têm seis pessoas nas folhas de pagamento. São compostas principalmente por profissionais de vendas, compliance e serviço ao cliente. A BlackRock, a Amundi e a J.P.Morgan AM – as três gestoras com maior volume de ativos na Península Ibérica, segundo dados do barómetro que a Funds People publica todos os meses – são também as entidades com as equipas maiores.

Em segundo lugar, pode observar-se que a estratégia da bicefalia na cúpula tende a extinguir-se. De todas as gestoras com presença física, só cinco – a MFS IM, a GAM, a Capital Group, a Amiral Gestion e a Kames Capital – tem a figura do corresponsável. É um número que tem vindo a reduzir com o passar dos anos.

Um terceiro aspeto que é interessante analisar é a presença das mulheres nos postos de máxima responsabilidade. Os números em termos absolutos são os seguintes: das 56 gestoras internacionais com escritório de representação na Península Ibérica que atualmente contam com um diretor geral (a Generali Investments e a SYZ Asset Management têm escritório, mas estão pendentes de realizar a nomeação), 17 são dirigidas por mulheres. Em termos percentuais, a presença das mulheres no posto de “country head” é de 30%.

Por nacionalidades, 17 das 58 gestoras com escritório na Península Ibérica vêm dos Estados Unidos. O país com uma presença de entidades mais numerosa. Logo a seguir vêm a França com 15 e o Reino Unido com 10.

Em seguida é apresentada a lista de todas as gestoras estrangeiras com escritório de representação na Península Ibérica, o nome do seu responsável máximo, o número de profissionais que trabalham no escritório ou para o escritório e o país de proveniência de cada uma das empresas:

Fonte: Funds People a partir de dados facilitados pelas várias entidades.