Quais as novidades de 2014 no que toca a produtos?

piramides
ohhector, Flickr, Creative Commons

Não é novidade que 2014 não foi o ano mais favorável para a indústria portuguesa de fundos de investimento, tendo o nosso país terminado o ano passado com captações líquidas negativas.

Ainda assim, apesar dos resultados menos favoráveis, no mercado nacional surgiram 11 novos fundos de investimento mobiliários em 2014. Contas feitas apareceram oito fundos abertos, um alternativo de obrigações, um alternativo flexível e, por fim, um aberto flexível.

Três meses volvidos de 2014, em março, o Santander Asset Management apresentava ao mercado os seguintes fundos de investimento mobiliários abertos: o Santander Private Defensivo, Santander Private Moderado, o Santander Private Dinâmico, dirigidos naturalmente aos clientes private da instituição, e ainda os produtos Santander Select Defensivo, Santander Select Moderado e o Santander Select Dinâmico. Como a própria denominação dos fundos indica, os produtos inserem-se numa gama que pretende adaptar-se aos vários perfis de risco dos investidores da entidade.

Em junho era a vez da Popular Gestão de Activos lançar um novo produto, constituindo o primeiro fundo de obrigações de 2014. O Popular Objectivo Rendimento 2021, um fundo alternativo aberto de obrigações, que pretende, segundo o  prospecto do produto, aplicar “no mínimo 80%, em obrigações emitidas por estados soberanos ou entidades supranacionais, obrigações hipotecárias, obrigações sobre o sector público e obrigações emitidas por uma instituição ou de empresas na moeda Euro”.

Também no mês em questão a Crédito Agrícola Gest alargava a sua oferta, com o lançamento do fundo de investimento alternativo flexível designado de CA Alternativo. À Funds People, Luís Carvalho, diretor da área de investimentos da entidade, referia que a “natureza flexível do CA Alternativo permite ao fundo estar investido de forma variável num conjunto alargado de várias classes de activos, competindo à Sociedade Gestora, em função do ciclo dos mercados financeiros, optimizar a composição do seu património para dar cumprimento ao objectivo de retorno absoluto e ao limite de value-at-risk”.

A finalizar o ano, em dezembro, o universo de fundos de investimento alargou-se, com a inclusão de mais três produtos. O Santander AM voltou a protagonizar mais dois lançamentos de produtos, novamente fundos abertos, denominados de Santander Multiactivos 0-30 e Santander Multiactivos 20-60. No caso do primeiro, segundo o prospecto, “as aplicações do fundo serão em regra realizadas com maior incidência em obrigações (taxa variável e taxa fixa), directa ou indirectamente, com um limite mínimo de 70% e um limite máximo de 100% do valor líquido global do fundo”. Já no segundo, a incidência em obrigações, directa ou indirectamente, tem um limite mínimo de 40% e um limite máximo de 80% do valor líquido global do fundo.

A fechar o rol de novas “aquisições” das gestoras, destaque ainda para o Banif Investimento Defensivo, também ele chegado ao mercado em dezembro. Um fundo aberto flexível, a cargo da Banif Gestão de Activos, que segundo a página de entidade, investe maioritariamente em obrigações, ativos de curto prazo e unidades de participação de fundos de investimento.

Oferta de fundos de pensões

No âmbito dos fundos de pensões, segundo as últimas informações disponibilizadas pelo Instituto de Seguros de Portugal, foram lançados cinco fundos de pensões, três fechados e dois abertos. Autorizado pelo Instituto de Seguros de Portugal a 3 de Abril, o BBVA Multiactivo Moderado, da BBVA Asset Management foi um dos fundos de pensões abertos lançados. À Funds People,  como explicava Adelaide Marques Cavaleiro, o fundo “pretende responder precisamente ao desafio de diversificação e da busca de retorno”. Para além disso este é um fundo que “recorre a fundos de terceiros das mais conceituadas e importantes casas internacionais da indústria”.