Prorrogar ou liquidar: Eis a questão

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Horia Varlan, Flickr, Creative Commons

No próximo dia 15 de Outubro, pelas 15 horas, vai-se realizar a Assembleia de Participantes do Fundo de Gestão Passiva – Fundo Especial de Investimento Fechado (Veja aqui a convocatória). Este fundo, criado há três anos, agregou os ativos dos clientes de retorno absoluto do Banco Privado Português (BPP) e passou, depois, a ser gerido pelo Banif. A Assembleia de Participantes, que irá acontecer em Santarém, vai definir o que vai acontecer com o fundo: prorrogar o seu prazo ou liquidá-lo.

Para Pedro Mello e Castro, Administrador da Banif Gestão de Activos, “a votação é muito importante e toda a gente deve participar. Não devem deixar a decisão para os outros, sobretudo porque cada um deve defender os seus interesses”.

De realçar que a Assembleia só se pode realizar se estiverem pelo menos 33% do conjunto das unidades de participação.

A sua história

O fundo iniciou a sua atividade em março de 2010, com a Banif Gestão de Activos a ser eleito, em Assembleia de Participantes a entidade gestora do Fundo, no dia 14 de junho de 2010. A Banif Gestão de Activos assumiu a respectiva gestão a 23 de Julho de 2010.

O fundo tem uma performance interessantes, com uma rendibilidade acumulada de 43,06% no fim do mês de agosto, sendo que se transforma em 11,34% em termos anuais. O seu risco é moderado (grau 3 com o risco a situar-se nos 6,09% anualizados) e com uma distribuição de rendimentos de 239 milhões de euros.

Prorrogar ou liquidar o fundo: Eis a questão

Para tomar esta decisão, os participantes terão de olhar para alguns factores que ajudam a escolher o futuro do fundo. As suas características, a sua TIR,  a taxa de cupão atual, entre outros, são alguns dos factores que deve ter em consideração.

No final de agosto, o VLGF atingia os 524,6 milhões de euros, sendo que a grande maioria estava em dívida financeira (302,3 milhões). Também o crédito estruturado detém uma parte importante, com 209,6 milhões de euros.

A dívida financeira está mais de metade em Portugal e em Espanha (55%), com a Austrália  no terceiro lugar (16,2%). No crédito estruturado, a situação inverte-se, com os EUA (20,9%), o Reino Unido (17,4%) e a Alemanha (16%) na linha da frente.

Em relação à TIR, na dívida financeira é de 4,64%, enquanto no crédito estruturado o valor atinge os 11,5%.

O que deve ter em consideração

Antes de votarem na Assembleia Geral de Participantes, os envolvidos no processo devem verificar alguns dos factores que devem ter em consideração na sua escolha, além dos factores mais técnicos. Entre os mais importantes, encontramos a necessidade de liquidez, o perfil de risco de cada um, a sua  diversificação patrimonial e ainda a TIR atual dos ativos do fundo. Para o Administrador da Banif Gestão de Activos, Pedro Mello e Castro, “os factores fundamentais que devem pesar da decisão dos votantes são três: a rendibilidade potencial da carteira atual face ao risco; as necessidade de liquidez no curto prazo, e ainda o potencial de diversificação que os activos que compõem o Fundo potenciam.