Procura pelo ouro: a grande tendência nos ETFs mais negociados de abril

Ouro

No passado mês de abril, no BiG, “os ETFs sobre commodities voltaram a ganhar algum destaque registando volumes de negociação bastante significativos”. Isabel Soares, gestora de produto, revela que “os produtos que têm como objectivo replicar a evolução do preço do petróleo têm vindo a assumir-se como a preferência de muitos investidores”.  Explica que “depois de valorizações acentuadas no preço desta matéria-prima, estes ETFs voltaram a dominar a negociação no decorrer do mês de abril (registando volumes interessantes no lado das compras e das vendas mas com maior predominância de outflows por via do movimento de realização de mais-valias por parte de muitos investidores)”. A profissional acrescenta também que “em linha com aquela que tem sido uma tendência evidente ao longo dos últimos períodos, destacamos mais uma vez os volumes registados em ETFs com exposição ao segmento accionista Europeu”. Neste universo destacam-se “os produtos iShares Core DAX UCITS ETF, Lyxor ETF IBEX 35 ou iShares Euro Stoxx 50 UCITS ETF (DE)”.

No caso do Banco Best, no mês de abril o ETF iShares EURO STOXX 50 UCITS ETF (Dist) vorltou a estar na liderança dos ETF mais negociados. “Desde o início do ano apenas em março isso não aconteceu. Relembramos que este ETF investe nas 50 maiores empresas da zona euro, com incidência nos sectores financeiros e industrial e com maior foco em França, Alemanha e Espanha. Para além do investimento em diferentes setores económicos e nas 50 empresas da Zona Euro, este ETF tem a componente de distribuição de rendimentos com periodicidade trimestral”, infere Carlos Almeida diretor de investimentos do Banco Best. Na segunda posição está aquele ETF que “em março tinha sido o quarto mais negociado”: o SPDR ® S&P Metals and Mining ETF. O profissional explica que “este ETF visa replicar o desempenho do retorno do índice S&P Metals and Mining Select Industry Index, através de uma estratégia com baixa rotação da carteira, trading preciso e custos baixos”. O terceiro ETF mais negociado é o iShares MSCI Brazil UCITS ETF (Dist) EUR. Carlos Almeida lembra que este “tem como objetivo acompanhar o desempenho do índice MSCI Brasil, tanto quanto possível, através do investimento títulos do índice, oferecendo exposição a ações brasileiras que estejam em conformidade com as regras de integração deste índice”. “Com o aumento dos preços do Ouro a subirem após quase 3 anos e a ser preterido por ativos de risco, a procura por um ETF sobre este metal precioso verificou-se com a negociação do iShares Gold Producers UCITS ETF GBP que assim se evidenciou como o quarto ETF mais negociado”, diz. Este ETF visa acompanhar o desempenho do S&P Commodity Producers Gold Index, diz, referindo que este “oferece exposição às maiores companhias envolvidas na exploração e produção de Pro e produtos relacionados”. A fechar o TOP 5 lugar para o Energy Select Sector SPDR® Fund, “que pretende replicar o índice S&P Energy Select Sector TR USD que inclui títulos de empresas de vários sectores: petróleo, gás, combustíveis consumíveis e equipamentos e serviços de energia”.

No caso do ActivoBank, João Graça, indica que em abril os clientes aproveitaram “oscilações das empresas de extração de ouro, que beneficiaram certamente da melhoria do preço da matéria que ultrapassou os 1.250$ a onça e da manutenção dos preços baixos do combustível”. Evidente, diz, foi também “a postura adotada para beneficiar da subida dos sectores imobiliário e tecnológico”. De destacar, à semelhança do mês anterior, “uma aposta talvez a um prazo um pouco mais alargado no sector energético”. Em termos geográficos “os mercados emergentes, em particular a China, recolheram a primazia dos investidores com a expectativa de aproveitar alguma recuperação do mercado assim como da Alemanha”.