Primeiro mês do ano marcou novo máximo para os ETFs, desta vez na Europa

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Richard Hall LRPS, Flickr, Creative Commons

O novo ano começou com mais um record na Europa, no que diz respeito aos fluxos de entrada nos ETFs que negoceiam a nível local. Segundo o último ETP Landscape  elaborado pela BlackRock, em apenas um mês estes produtos atingiram um novo máximo mensal que representa cerca de um quinto das entradas registadas em 2014.

os fluxos de entrada nos ETPs globais registaram uma modesta redução em janeiro, comparando com o ritmo do quarto trimestre, ficando-se pelos 11,6 mil milhões de dólares de captações. Segundo os dados da entidade norte-americana, este valor deveu-se principalmente aos resgates nos fundos de ações norte-americanas (18,3 mil milhões de dólares), que foram um condutor chave “no crescimento dos máximos conseguidos na indústria no ano passado”.

QE com boa recepção

O documento relata que o anúncio do quantitative easing por parte do BCE, mais agressivo do que o esperado, teve um impacto positivo no mercado contribuindo para fluxos record de 8,4 mil milhões de dólares nos ETP pan-europeus de ações, e de 13.7 mil milhões de dólares para os ETPs cotados na Europa.

No caso dos movimentos nas taxas de câmbio, particularmente no que diz respeito à apreciação do dólar norte-americano contra o euro, estes conduziram a um novo record  de 6,9 mil milhões de fluxos na categoria de ETP com cobertura cambial.  

Produtos de obrigações favorecidos

Relatam ainda que a volatilidade no mercado de ações, a incerteza que rodeia o crescimento global e as notícias dos estímulos do BCE suportaram, conjuntamente, a contínua procura pelos produtos de obrigações, que reuniram subscrições de 13,0 mil milhões de dólares.

Ursula Marchioni, head of ETP Research, sublinhou precisamente que “2015 desencadeou um ritmo record para a indústria europeia de ETF. Os fundos europeus cotados arrecadaram um novo record de 13,7 mil milhões de dólares, o que representa cerca de 22% do total de fluxos do ano passado”. Refere ainda que “a surpresa na mudança de política do SNB (Banco Nacional Suíço), e a subsequente queda do euro face ao dólar, estimulou significantes subscrições nos ETFs de ações com cobertura cambial”.