Positivos, mas com cautela

cautela_
deanspic, Flickr, Creative Commons

Até que ponto o mês de março foi um mês "de loucos”? No seu último relatório com perspetivas globais, a UBS Global Asset Management passa em revista o mês que passou, e posiciona alguns dos seus planos de investimento.

Relembrando aquela que foi uma das situações mais marcantes nos últimos tempos,  o documento  indica que a “tensão entre a Rússia e a Ucrânia fez com que as ações europeias caíssem no início do mês”, tendo no entanto recuperado o fôlego, porque a atenção dos investidores se deslocou para os dados económicos que foram sendo conhecidos. 

Referenciadas são também situações como a primeira conferência de imprensa levada a cabo pela Presidente da Fed, que “surpreendeu os mercados com um tom mais hawkish do que o previsto”. Ao nível dos mercados emergentes, a entidade lembra que “o PMI chinês continuou a contrair, terminando o mês nos 48.1”.

Cautela continua a ser palavra de ordem

Perante tais factores, a UBS Global AM assume que a melhor postura é a de “cautelosamente otimista”. Ainda que o primeiro trimestre do ano tenha sido agitado, a entidade refere que o seu “cenário base de uma melhoria do contexto económico em 2014, continua intacto, e suporta os ativos de maior risco, nomeadamente os mercados desenvolvidos de ações”. Mais concretamente em relação ao velho continente a gestora perspetiva que “a próxima temporada de resultados na Europa será um marco importante para avaliar se as empresas europeias estão efetivamente a acompanhar o sentimento económico”. A situação na ucrânia, por outro lado,  “serviu para que os investidores se lembrem que a volatilidade elevada pode persistir”.

À espera de melhores oportunidades

Fazendo jus à ideia de que estão otimistas, mas cautelosos, a UBS Global AM indica que tendo em conta os níveis relativamente elevados dos mercados acionistas globais têm “recolhido alguns lucros, à espera de oportunidades para reentrar quando os níveis descerem”. Outra postura da entidade tem sido “tirar partido da baixa volatilidade implícita, de forma a adicionar alguma proteção nas carteiras”.

Posto isto, a visão global da gestora em relação ao mercado de ações é de que “as ações americanas continuam sobrevalorizadas”, e por isso, “continuam a preferir ações que estão relativamente desvalorizadas e que tenham um forte potencial de subida, como é o caso das inglesas, alemães ou japonesas”.  No mercado de obrigações a UBS Global AM considera que “os títulos soberanos estão amplamente sobrevalorizados”. Ao nível das divisas, a preferência da empresa vai para o dólar americano.