Filipe Silva: "Do ponto de vista do interesse do país, acho que foi uma operação positiva"

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Rbanks, Flickr, Creative Commons

O IGCP na manhã de sexta-feira, dia 1 de julho, realizou uma operação de troca de dívida que vencia entre 2017 e 2019 por títulos com vencimento em 2025 e 2037.

No total foram mais de 1.011 milhões de euros que o Estado português trocou, através da recompra de três emissões de dívida que venciam em 2017, 2018 e 2019 e ainda da venda de duas linhas de OT com maturidade em 2025 e 2037.

Neste tipo de operações não podemos olhar para o juro, para o cupão, ou para a yield dos títulos", refere Filipe Silva, Diretor da Gestão de Ativos do Banco Carregosa. O profissional considera que o mais relevante e sobretudo o que interessou para o Estado "foi conseguir fazer o chamado roollover da dívida, isto é, trocar dívida que teria que ser paga em breve, por dívida que só terá que ser paga mais tarde". Deste modo, "o Estado comprou tempo. Já não terá que amortizar em 2017, 18 e 19, passando dois terços dessa dívida para 2025 e um terço para 2037. Mantém-se a dívida, mas estende-se o prazo. Do ponto de vista do interesse do país, acho que foi uma operação positiva”, conclui.

Detalhe da operação:

- Compra de 547, 3 milhões de euros da OT que vencia a 16 de outubro de 2017 a 105,104

- Compra de 314,5 milhões de euros da OT de 15 de Junho de 2018, a 107,38

- Compra de 150 milhões de euros da OT que vencia a 14 de junho de 2019 a 110,21

- Venda de 732,8 milhões de euros da OT que vence a 15 de outubro de 2025, a 100,03

- Venda de 279 milhões de euros da OT de 15 de abril de 2037, a 103,81