Portugal é o país em que os ativos em fundos de investimento menos pesam na gestão de ativos

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Carmelo R. Lopez, Flickr, Creative Commons

A versão de 2020 do relatório Asset Management in Europe – Facts and Figures divulgado pela EFAMA (European Fund and Asset Management Association) em novembro atualiza a 2018 acomparação da desagregação dos ativos sob gestão nos diversos países europeus entre fundos de investimento e mandatos de gestão discricionária. À semelhança do ano passado, Associação dá conta de que a evolução da ponderação dos ativos entre estas duas abordagens de investimento tem mostrado, desde 2011, uma tendência para o  crescimento dos ativos em fundos de investimento em detrimento dos mandatos, como resultado de “uma maior ponderação de equity na alocação dos fundos de investimento em comparação com os mandatos de gestão discricionária”, o que “em conjunto com a forte subida dos mercados de ações no período de 2012-2017 explica esta evolução”. Mostra, no entanto, que até ao final do primeiro semestre de 2020 esta tendência estabilizou, como é visível no gráfico abaixo. 

De notar que a maior ponderação de ações na alocação dos fundos de investimento refere-se à média europeia, sendo que Portugal mostra uma das menores ponderações do universo europeu a esta classe de ativos, na ordem dos 14% nos fundos de investimento e 10% nos mandatos discricionários, no final de 2018. 

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Refere também, no entanto, as significativas diferenças entre diferentes países europeus. Para a Associação, estas diferenças são justificadas, entre outros fatores, pelo papel desempenhado pelos investidores institucionais nos diferentes países, o grau de utilização de fundos de investimento por parte de investidores institucionais em comparação com mandatos e o grau de especialização da indústria local de gestão de ativos. 

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Com base nos dados de 2018, Portugal mantém-se num dos extremos do gráfico comparativo, sendo o país, de entre os considerados, em que os mandatos discricionários mais pesam no total da gestão de ativos nacional. Estes números estão completamente em linha com os de 2017, divulgados no ano passado, que mostravam uma ponderação dos fundos de investimento de 28% do total, ou quase 22 mil milhões de euros de AuM em fundos domiciliados em Portugal. 

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