Portugal coloca 1.830 milhões de euros a curto prazo

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Portugal voltou aos mercados, na manhã desta quarta-feira, para duas emissões de Bilhetes de Tesouro com prazo de maturidade a 6 e a 12 meses. Na emissão mais curta, foram emitidos 520 milhões de euros a uma taxa de 0,021% com a procura a ser 1,91x a oferta. Já na emissão mais longa, a taxa de juro situou-se em 0,043% com o montante emitido a ser de 1.310 milhões de euros.

Em ambas as situações, a taxa de juro subiu face ao último leilão equivalente: na emissão a seis meses subiu dos 0,009% enquanto que na última emissão a doze meses a taxa tinha sido de 0,037%.

Para João Queiroz, diretor de negociação do Banco Carregosa, “as operações não trouxeram surpresas, o que é sempre bom. As taxas saíram em linha com o que está a ser praticado pelo mercado, ou seja, são taxas muito baixas, ainda que tenham variado ligeiramente desde as últimas emissões, mas são umas subidas quase impercetíveis. Enquanto o BCE continuar a ajudar a “escoar” a dívida dos Estados, Portugal beneficiará desta conjuntura. Em relação ao montante que o Estado recolheu do mercado, 1830 milhões de euros, acima do que se tinha proposto, pode resultar do aproveitamento de uma oportunidade, já que o próximo mês pode trazer mais instabilidade: teremos a decisão sobre o “Brexit”, eleições legislativas em Espanha, entre outras decisões importantes, por isso é natural que o mercado possa estar mais “seco” aos próximas semanas. Voltando às operações de hoje: a procura esteve suportada, as taxas continuam baixas, nada de novo”.