Persiste a incerteza sobre a economia chinesa

Apesar de cientes de que o resgate à Grécia só muito dificilmente terá sucesso, o Parlamento Alemão e os ministros das Finanças da Zona Euro, aprovaram o terceiro resgate à Grécia, num montante que pode ir até aos 86 mil milhões, permitindo assim que a Grécia tenha recebido já a primeira tranche para proceder ao pagamento de 3.4 mil milhões de Euros ao BCE e os 7.16 mil milhões do empréstimo-ponte feito em julho.

O primeiro montante do plano de resgate é de cerca de 26 mil milhões. De salientar que depois do pagamento de hoje, o montante que vence da dívida para com o BCE e o FMI em 2016 é somente de 8 mil milhões de Euros. A Grécia compromete-se a avançar com os ajustes negociados, nas pensões e no IVA por exemplo, assim como avançar com privatizações de empresas públicas. Esses cortes deverão variar entre os 4% e os 5% do PIB.

Portugal colocou esta semana 400 milhões de euros em Bilhetes do Tesouro a 3 meses à taxa de -0.013% (no anterior leilão comparável, Portugal colocou a 0.044%).

Estados Unidos

Os mais recentes dados publicados são positivos e suportam a ideia de uma subida de taxas em setembro. O Philly Fed Index subiu mais que o esperado, com o emprego a um nível muito consistente e as ordens de bens a registar consolidação com as expectativas a manterem-se elevadas para os próximos seis meses. As vendas de casas usadas superaram as expectativas dos analistas subindo para as 5.53 milhões de casas vendidas em julho, face aos 5.43 milhões de vendas esperadas.

China

A incerteza sobre o verdadeiro estado da economia Chinesa continua na mente de todos. Depois do PBoC ter surpreendido com as intervenções cambiais e afirmando que pretende que seja o mercado a ditar as suas leis no que toca à fixação da taxa de câmbio da sua divisa face ao Dólar, os investidores questionam cada vez mais a razão de tais intervenções, com muitos a verem essas acções do Banco Central Chinês como medidas desesperadas de tentar interromper a desaceleração da economia.

O cenário de um menor crescimento do PIB ganha força numa altura em que a falta de resposta da economia chinesa face aos estímulos do Banco Central preocupa cada vez mais.

Se desvalorizando o Yuan as exportações ficam mais facilitadas devido ao preço mais baixo, não é menos verdade que reduz o poder de compra interno, o que leva a uma diminuição das importações. Mas isso contradiz a mudança de paradigma que os responsáveis buscavam. Os responsáveis chineses pretendem que a China deixe de ser vista como a "fábrica do mundo", com uma economia baseada em exportações, para se tornar numa economia assente no consumo interno.