Os UCITS impõem-se na Europa e ganham terreno globalmente

2577824450_57140222b9
adrian acediscovery, Flickr, Creative Commons

A harmonização dos fundos de investimento europeus tem um claro vencedor: o Luxemburgo. Segundo dados publicados pela ALFI (Associação da Indústria de Fundos do Luxemburgo), os fundos com formato UCITS domiciliados no Grão-Ducado concentravam, em dezembro de 2015, 62% do património gerido por fundos estrangeiros distribuídos em todo o mundo, o que compara com os 59% de janeiro de 2013.

Dentro da União Europeia, esta estrutura representava a maior parte do mercado na Itália e na Holanda (51% do mercado em volume de ativos gerido) e mantém uma forte presença na Alemanha (50%) e Áustria (45%). Em Espanha, quase um terço do património (32%) se encontrava em fundos luxemburgueses com formato UCITS, no fecho do ano passado.

Mas o formato UCITS luxemburguês não ganha terreno somente na Europa. Segundo a ALFI, estes fundos representam 47% do património gerido em fundos abertos estrangeiros distribuídos em Taiwan, Coreia do Sul, Japão, Hong Kong e Singapura e crescem também nos países do médio oriente (Bahrein, Líbano, Omã, Qatar, Arábia Saudita, Turquia e Emirados Árabes Unidos).

Em 2015, os fundos UCITS domiciliados no Luxemburgo atraíram 72% dos fluxos líquidos registados nos principais mercados do mundo, à frente de qualquer outro mercado nacional. Além disso, oito das dez maiores gestoras mundiais de fundos abertos têm presença local.

A presidente da associação, Denise Voss, atribui este êxito dentro e fora da Europa “aos processos de autorização, supervisão, gestão de risco e boa corporate governance, assim como ao claro marco regulatório e fiscal” vigentes no pequeno país da Europa Central, o primeiro estado membro a transpor a diretiva UCITS  para a sua legislação em 1985.

Pode consultar aqui uma infografia com os dados.