Os três erros mais comuns nos quais costuma cair o investidor intrépido

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Artemuestra, Flickr, Creative Commons

Muitos especialistas financeiros assumem que os investidores agem racionalmente para maximizar os lucros e minimizar os riscos. No entanto, os investidores dão, rotineiramente, uma série de passos em falso, irracionais, que se podem explicar pesquisando comportamento financeiro, que estuda o modo de tomada de decisões relacionadas com o dinheiro. Quais são esses erros comuns que afectam o comportamento dos investidores na hora de gerir o seu dinheiro? Russ Koesterich, chefe de estratégia e de investimento da BlackRock e iShares enumera, num artigo recente, os três erros mais comuns.  

Primeiro erro: Evitar acções. "Muitas pessoas evitam activos de risco, como acções, apesar do alto custo que implica ficar de fora desta classe de activos, especialmente no actual enquadramento de baixas taxas rendibilidade. Ajustado pela inflação, o rendimento de manter posições em liquidez foi negativo, em 2012, comparativamente à rendibilidade de 13,4% do MSCI All Country World no ano passado. Tendem a avaliar as perdas e os ganhos num curto período de tempo, que não está em sintonia com o horizonte de tempo que requer investimento. O medo extremo de perdas no curto prazo ajuda a explicar as baixas taxas de participação no mercado accionista".

Segundo erro: Diversificação insuficiente. Outro erro comum no qual cai o investidor é ter uma carteira pouco diversificada. Koesterich salienta um estudo realizado entre 1991 e 1996, que evidenciava que mais de 25% dos investidores só tinha um título em carteira. Metade tinha três ou menos. "Uma carteira bem diversificada deve incluir, pelo menos, 10 a 15 acções. No geral, as carteiras mais diversificadas têm um melhor desempenho: o estudo reflectia que o grupo de investidores com carteiras diversificadas registou um retorno de 2% superior àqueles que tinham uma carteira menos diversificada".

Terceiro erro: 'Trading' ineficiente. "Muitos investidores tendem a fazer e desfazer posições de forma ineficiente, reduzindo assim os ganhos potenciais." Isto pode dever-se ao facto dos investidores confiarem em demasia nas suas próprias capacidades para vencer o mercado e cair num excesso de confiança. "Os investidores cometem também e, muitas vezes, o erro de extrapolar rendibilidades passadas, comprando activos cujos preços subiram com a expectativa de manutenção dessa tendência. Igualmente, são mais propensos a desfazer-se de valores que lhes deram um bom resultado e manter os que tiveram maus desempenhos de forma a evitar o peso na consciência envolvido no reconhecimento da perda", indica.