“Os fundos de pensões nacionais devem aumentar a sua exposição a ações”

linhas_escalda
yorkshirepuddin, Flickr, Creative Commons

No prato da balança da alocação de ativos dos fundos de pensões nacionais há certas conclusões a apontar. Algumas das quais já lhe demos a conhecer aqui, a partir de um estudo realizado pela PwC, que se foca na evolução dos investimentos estrangeiros nas carteiras dos fundos de pensões.

É a este nível que a consultora começa por referir que de acordo com a OCDE, Portugal fixa limites no que toca à totalidade dos investimentos estrangeiros para os fundos de pensões. “Especificamente, existe uma limitação de 30% nos investimentos em outras moedas que não o Euro, e um limite de 15% nos investimentos em ativos não negociados num mercado regulado da OCDE ou da União Europeia”, escrevem, acrescentando que para os “fundos PPR o limite é de 10%”.

No final de 2014, a PwC relata que os fundos de pensões nacionais tinham uma alocação de 57% a ativos estrangeiros, o que representava, por essa altura, aproximadamente 9,7 mil milhões de euros. (ver gráfico abaixo)

No término de 2014, denota-se que esse investimento estrangeiro acontecia principalmente por via do mercado monetário. Comparativamente com 2009, realça-se uma relativa descida no investimento estrangeiro protagonizado pelas carteiras dos fundos de pensões. Há seis anos atrás ascendia a 15,1 mil milhões de euros o montante investido em ativos estrangeiros por parte dos fundos de pensões.  

Outra das conclusões da PwC refere que os fundos de pensões em Portugal investem maioritariamente através de investimento direto, enquanto 26% do investimento acontece por via de fundos de investimento.

Tendências futuras

Na opinião da consultora recuperar o anterior nível de ativos sob gestão é uma questão proeminente para a indústria de fundos de pensões nacionais. Indicam por isso que “os fundos de pensões nacionais devem aumentar a sua exposição a ações, seja domésticas ou estrangeiras, de forma a suportar o desenvolvimento da economia local”.

Vão mais longe e escrevem também que “o uso de fundos estrangeiros poderá ser uma solução para os fundos de pensões portugueses de forma a potenciarem a sua diversificação”.