Os fundos de investimento e ETFs selecionados pela CGD Pensões

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giuseppevitaliti, Flickr, Creative Commons

A CGD Pensões, unidade do Grupo CGD responsável pela gestão dos seus fundos de pensões, conta com três entradas no conjunto dos 20 maiores fundos de pensões nacionais: o Caixa Reforma Prudente, o Caixa Reforma Ativa e o Caixa PPR Rendimento Mais. Neste artigo iremos a analisar as escolhas no que diz respeito a instrumentos de gestão de terceiro nestes fundos de pensões, com a exceção do Caixa PPR Rendimento Mais dada a ausência deste tipo de instrumentos nesse fundo.

Abordagem Conservadora

O Caixa Reforma Prudente surge no segundo lugar da lista dos fundos de pensões que mais património gerem em Portugal. Este fundo destinado à reforma opta por uma estratégia assumidamente conservadora e concentra os seus ativos principalmente no investimento direto em ativos de dívida pública e corporativa. Neste caso, o investimento em fundos de investimento mobiliário resume-se somente a uma posição: o Caixa Disponível, gerido pela Caixa Gestão de Ativos. O montante desta aplicação ascende aos 22,5 milhões de euros, o que representa um total de 10% dos ativos sob gestão.

Domínio das Ações

Para além de terem uma diferença evidente no montante de ativos sob gestão - 219,3 milhões de euros no Caixa Reforma Prudente e 113,9 milhões de euros no Caixa Reforma Ativa -, os dois fundos de pensões da CGD Pensões também se distinguem por abordagens díspares no que diz respeito à constituição da carteira - e consequentemente à inclusão de fundos de investimento na mesma. No Caixa Reforma Ativa assistimos a uma maior abertura ao risco cuja carteira conta inclusive com exposição ao mercado acionista. Parte dessa exposição dá-se via fundos de investimento e ETFs, que através de 19 aplicações representam 15% do montante de ativos sob gestão do fundo de pensões.

A seleção de fundos resume-se a uma maioria de fundos de gestão ativa (existem apenas dois ETFs) com um foco em investimento em ações (somente três investem em obrigações e um em aplicações de money markets). De facto, as quatro maiores aplicações em fundos de gestão de terceiros têm estas características, e destacam-se ainda por representarem 56% do montante destinado a este segmento, com 9,6 milhões de euros investidos. De salientar ainda que, dessas quatro aplicações, três foram distinguidas com selo Blockbuster Funds People: o fundo Schroder ISF EURO Equity, da Schroders; o Allianz GIF Euroland Equity Growth, da casa Allianz Global Investors; e o Amundi Funds Euro Equity, da Amundi.

Apesar da preferência por veículos de investimento direto o fundo também recorre à perícia de entidades gestoras internacionais para a gestão alternativa de investimentos, pelo que podemos encontrar fundos como o Janus Henderson UK Absolute Return e o Marshall Wace TOPS UCITS Fund, ambos com selo Favorito dos Analistas e Blockbuster Funds People, e que seguem uma estratégia de investimento Long/Short.

Fundos de Gestão de Terceiros no Caixa Reforma AtivaCaixa_Reforma_Ativa
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