Os efeitos da subida da taxa selic nos fundos brasileiros

brasil_hulk_
toksuede, Flickr, Creative Commons

Na semana passada o Brasil assistiu novamente a uma subida das taxas de juro pelo Copom (Comité de Política Monetária do Banco Central), desta vez em 0,25%, para 10,75% ao ano. Tal elevação da taxa selic, teve diferentes efeitos nos fundos de investimento.

Fundos mais atrativos do que a poupança

Segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) a subida da taxa de juro voltou  a fazer com que os fundos de investimento se tornassem mais atrativos face à poupança. Segundo a Associação, apenas nos casos dos fundos que cobram taxas de administração a partir de 2,5% ao ano, é que a poupança passa a ser mais vantajosa. Nos casos das taxas inferiores a 2%, os fundos de investimento são mais rentáveis em todas as situações.

Melhor investimento: fundos imobiliários

Outra das consequências positivas para alguns produtos, deu-se ao nível dos fundos imobiliários brasileiros. Em fevereiro, o melhor investimento aconteceu precisamente nestes produtos,  já que o IFIX (índice que mede o desempenho dos fundos imobiliários na Bolsa) valorizou 2,65%, após ter caído 6,7% no mês anterior. Tal aconteceu porque a elevação da taxa selic de forma mais branda do que nas vezes anteriores deu ao mercado sinais de que o ciclo de aperto monetário pode estar a chegar ao fim, beneficiando assim os fundos imobiliários negociados na BM&FBovespa.

Clodoir Vieira, economista e consultor da Compliance Comunicação, refere que “os imóveis tinham caído bastante nos últimos meses, e em função da queda do valor da cota, a yield passou a ser interessante”.