Os fundos que completam um ano no primeiro trimestre de 2018

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Will Clayton, Flickr, Creative Commons

Um ano de vida. É o que “comemoramos” neste artigo, ao olhar para os produtos que celebraram o seu primeiro aniversário durante os meses de janeiro, fevereiro e março – o primeiro trimestre de 2018, portanto. O seu primeiro ano de vida foi, sem dúvida, um período com um contexto económico favorável para os mercados, embora rico em eventos com um efeito potencialmente negativo – ressaca do Brexit e da eleição de Donald Trump; as várias eleições na Europa; o período de tensão entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte; entre outros.

Ao olharmos para esta lista, verificamos a presença de um fundo ISR, de dois focados no mercado ibérico e um fundo multiativo defensivo. A IM Gestão de Ativos, por outro lado, surge como a entidade com maior presença nesta lista, apresentando dois produtos da sua responsabilidade.

Não obstante, comecemos pelo veículo de investimento “mais velho” desta lista. Trata-se do Caixagest Investimento Socialmente Responsável, lançado em janeiro de 2017 e que atualmente gere um património no valor de 75,14 milhões de euros. O seu universo de investimento é bastante diverso, podendo investir em obrigações de taxa fixa de curto e longo prazo, obrigações cujo financiamento é usado em projetos com benefícios ambientais. A composição da carteira apresenta uma maior preponderância do segmento obrigacionista e dos sectores de consumo defensivo, financeiro e cíclico. Apple, Sweda, Xylem e United Parcel Service (UPS) são, por outro lado, os principais nomes em carteira.

Os próximos dois produtos apresentam o mesmo mês de lançamento e são ambos geridos pela mesma entidade. Falamos do IMGA Ibéria Equities e do IMGA Ibéria Fixed Income, lançados em fevereiro de 2017. O primeiro é um veículo de investimento focado no mercado acionista da península ibérica e é gerido por Nuno Marques. As suas cinco principais posições em carteira são nomes como o Banco Santander, Inditex, BBVA, Iberdrola e CaixaBank, sendo que, atualmente, o seu património sob gestão é superior a 2,28 milhões de euros. O sector financeiro, por sua vez, apresenta-se como o sector mais preponderante em carteira, com uma exposição de 32,23% do total.

Já o IMGA Ibéria Fixed Income, embora tenha também como universo de investimento o mercado ibérico, foca-se no segmento obrigacionista. Gerido por Duarte José e com um património sob gestão superior a 3 milhões de euros, a sua carteira é composta tanto por obrigações soberanas, como por obrigações corporativas. De facto, as suas cinco principais posições são obrigações soberanas espanholas e portuguesas, seguidas de nomes como Telefónica, Brisa e Bankia.

O último e o “mais novo” produto desta lista é o Popular Global 5, cujo início no mercado nacional se deu em março de 2017. Na altura do seu lançamento, Paulo Gonçalves, coordenador executivo dos ativos mobiliários da Popular Gestão de Activos, revelava que a carteira deste produto seria composta por fundos com baixa volatilidade e risco de perda, tendo uma exposição geográfica global. Destacava, por outro lado, que o fundo não teria qualquer exposição cambial. O património sob gestão deste produto é superior a 5 milhões de euros, com uma carteira que privilegia o segmento obrigacionista – representa mais de 70% do total – e que tem como principais posições em carteira fundos como o Threadneedle Credit Opportunities, Pictet Euro Short Term High Yield ou o Mirabaud Global Strategic Bond.