Ordens recebidas pelas gestoras de ativos ultrapassam os 9 mil milhões em 2015

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thinkpanama, Flickr, Creative Commons

Chegados ao final de agosto, contam-se dois terços desde que o ano começou. Nos primeiros oito meses do ano, o montante das ordens recebidas sobre instrumentos financeiros pelos intermediários financeiros registados na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) superou os 88,7 mil milhões de euros, um valor que representa uma redução de 44% face ao mesmo período do ano passado.

A tendência de queda é também notada nas ordens recebidas pelas gestoras de ativos, tanto nacionais como internacionais. Em termos agregados o montante total  de ordens recebidas atingia os 9.305 milhões de euros. Deste montante, a grande fatia pertence a entidades nacionais, com as ordens recebidas a superarem os 8.000 milhões de euros nos meses já decorridos do ano. Já no que toca às entidades internacionais o valor total de ordens recebidas em 2015 é de 1.277 milhões de euros.

Julho e Agosto marcados a vermelho

Tanto em julho como em agosto, as ordens recebidas pelos intermediários financeiros registados no regulador sofreram uma redução, face ao mês anterior. Em julho a queda nas ordens recebidas pelas gestoras de ativos nacionais foi de 1% para 774 milhões de euros, enquanto nas internacionais a descida foi de 47% para quase os 76 milhões de euros.

O mês de agosto, por sua vez, marca a sexta queda consecutiva do montante total das ordens recebidas pelas gestoras de ativos, tanto nacionais como internacionais. Ainda assim, as gestoras não residentes conseguiram um incremento de 10% face ao mês anterior, para os 83 milhões de euros. Nas residentes, o valor total recebido ascendeu a 627 milhões, o que representa uma queda de 19% face ao mês de julho.

Dívida Pública: o ativo mais negociado

A dívida pública é o valor mobiliário mais negociado em 2015. Nos primeiros oito meses do ano o valor atinge mais de 30.000 milhões de euros. Uma caraterística interessante a este nível é o facto do montante anteriormente referido estar praticamente repartido a meio entre investidores nacionais e estrangeiros: os investidores residentes efetuam praticamente 53% do investimento em dívida pública, enquanto os não residentes investem na parte restante.