Ordens dadas pelas gestoras de ativos continuam a cair

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Rbanks, Flickr, Creative Commons

"Em novembro de 2016, o valor das ordens sobre instrumentos financeiros recebidas pelos intermediários financeiros registados na CMVM totalizou 10.900,6 milhões de euros, mais 47,2% do que em outubro. Desde o início do ano, este indicador caiu 37,1% face a igual período do ano passado", assim indica a CMVM no seu relatório que explora os indicadores mensais sobre receção de ordens por conta de outrem.

No documento é possível ver que em ambos os casos, residentes e não residentes, o montante agregado foi maior do que o registado no mês de outubro. No caso dos residentes o crescimento foi de 22,3% para mais de 4.034 milhões de euros. Já nos não residentes, o aumento foi de 67% para 6.865 milhões de euros.

Para estes valores, em muito contribuiram as ordens dadas por investidores denominados pela CMVM como "outros institucionais", que apresentaram um crescimento de 105% no caso dos residentes e de 89% no caso dos não residentes.

Já nas gestoras de ativos, o decréscimo liderou o mês. No caso das residentes o valor total do mês situou-se em 653 milhões de euros, um valor mais baixo em 4,5% face ao mês de outubro. Nas não residentes, o decréscimo foi, face ao mês anterior, de 22% para um total superior a 123 milhões de euros.

Quase tudo a pior do que em 2015

O agregado do ano, quando comparado com o mesmo periodo do ano passado, é marcado a vermelho. Em termos totais, o montante do valor das ordens sobre instrumentos financeiros recebidas pelos intermediários financeiros registados na CMVM, ascende a mais de 77.398 milhões de euros. Este valor corresponde a um decréscimo de 37%, em relação aos primeiros onze meses do ano passado. Também no acumulado dos investidores residentes e não residentes é pior em 2016 do que em 2015. Em ambos os casos, o valor é menor em cerca de 37%.

Nas gestoras de ativos a descida também é (muito) sentida. No caso das residentes, o montante total nos onze meses de 2016 ascende a 8.159 milhões de euros, um valor mais baixo em 30% do que no mesmo período do ano passado. Nas não residentes o decréscimo é de 20% para um montante próximo dos 1.500 milhões de euros.

Há apenas uma rubrica que apresenta um montante superior em 2016, face a 2015. Trata-se dos investidores não residentes e não institucionais, que apresentam um crescimento de quase 29% para um valor próximo de 2.900 milhões de euros.