OICVM nacionais em junho: valor gerido regressa aos valores pré-COVID

color_rough conditions_stock_volatility
Photo by Dlanor S on Unsplash

O início do verão marcou boas notícias para a indústria nacional de OICVM. O volume gerido voltou quase a níveis “pré-COVID-19”, com os ativos sob gestão mais próximos do valor de fevereiro, ou seja, na casa dos 12.000 mil milhões de euros. É o que conta a CMVM, nos seus indicadores mensais dos fundos de investimento, onde relata que o valor sob gestão dos OICVM totalizou os 12.178,0 milhões de euros, mais 219,1 milhões (1,8%) do que em maio. Já no que refere aos organismos de investimento alternativo, o valor mensal sob gestão desce 1,9% para os 322,5 milhões de euros.

(Carregue na imagem para ampliar)

Captura_de_ecra__2020-07-16__a_s_15

Fonte: CMVM, junho

O investimento em ações esteve em destaque no sexto mês do ano: o valor das aplicações neste ativo subiu 1,9% face ao mês anterior nas ações de emitentes nacionais, ao passo que nas de emitentes estrangeiros o incremento foi de 2,5%.

Captura_de_ecra__2020-07-16__a_s_15

Em terreno nacional, como visível nos dados acima, embora a Jerónimo Martins continue a ser a cotada com maior investimento por parte destes veículos, o investimento na empresa caiu 7,5% no período. No mercado da União Europeia, o destaque vai para a L.V.M.H.  com 45,3 milhões de euros de montante investido, enquanto a norte-americana Apple domina no mercado fora da UE, com 66,6 milhões de euros alocados nos OICVM nacionais.

(Carregue na imagem para ampliar)
Captura_de_ecra__2020-07-16__a_s_15

O investimento em unidades de participação – tanto estrangeiras como nacionais – acompanhou também o movimento positivo das ações, e em ambos os segmentos houve um crescimento, no caso de 1,7% e 1,9%, respetivamente. Em junho os OICVM nacionais investiam já muito perto de 3.900 milhões de euros em UP de fundos estrangeiros, o que representa 31% do investimento que preconizam.

No mês fazer ainda menção à queda de investimento em dívida pública nacional, com uma variação mensal negativa de 11,6%.  Recorde-se que o último leilão de dívida pública nacional – de curto prazo -  marcou mais uma descida de taxas

Queda nas quotas

No que respeita à “fotografia” das gestoras de fundos mobiliários, o ranking permanece inalterado, embora a CMVM reporte que as duas entidades com maior quota de mercado sofreram recuos no seu peso: a Caixa Gestão de Ativos, com um recuo de 0,25 p.p. e a BPI GA, com uma queda de 0,22 p.p.