Outubro traz o nascimento do Casa Global Value PPR/OICVM

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Em outubro manteve-se a tendência de crescimento nos ativos geridos pelos OCIVM. De acordo com dados recentemente divulgados pela CMVM, o valor sob gestão destes produtos ultrapassou os 13 mil milhões de euros, montante que se traduz num aumento de 160,9 milhões, ou seja, 1,2% face ao mês anterior. Quanto aos fundos de investimento alternativo (FIA), o valor mensal sob gestão ascendeu aos 303,8 milhões de euros, uma subida de 0,7%.

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No universo de ativos das carteiras agregadas e à semelhança do que se tinha visto em setembro, o montante investido em ações de emitentes nacionais sofreu uma queda de 9,9% e de 3,5% em emitentes estrangeiros. No que concerne a dívida pública, o montante investido também caiu 4,4% na nacional, mas subiu 2,3% na estrangeira. Contrariamente, o valor aplicado em obrigações subiu 2,3% nas de emitentes nacionais e 1,5% nas de estrangeiros.

Relativamente às cotadas nacionais, a NOS voltou a ser o título com maior peso nas carteiras dos fundos, representando 10,8% do total investido, com um crescimento mensal de 8,0%.

Em outubro, o principal destino de investimento dos OICVM foi a Alemanha. O país absorveu 15,1% do total das aplicações dos fundos, seguida pelos Estados Unidos (14,2%) e de França (11,2%). Portugal absorveu 7,0% do investimento.

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Casa Global Value PPR/OICVM

Quanto às quotas de mercado das sociedades gestoras, o pódio é composto pela Caixa Gestão de Ativos (32,9%), pela IM Gestão de Ativos (21,1%) e pela BPI Gestão de Ativos (19,0%), seguidas de perto pela Santander Asset Management (17,8%).

O Casa Global Value PPR/OICVM é o mais recente fundo mobiliário nacional. O produto, gerido pela Casa de Investimentos, foi constituído em outubro e foca-se em ações num formato de fundo poupança reforma. "O fundo privilegia o investimento em ações, a classe de ativos que melhor remunera o capital, sendo que a rentabilidade a longo prazo é conseguida através da aplicação de uma filosofia de Investimento em Valor, isto é, o investimento em empresas excelentes que transacionam a preços sensatos tendo em conta os rendimentos futuros que podem proporcionar", pode ler-se no website da entidade gestora. 

No prospeto da estratégia está patente o princípio de que "investir deve ser uma operação que garante a segurança do capital e um retorno satisfatório no longo prazo" e que "investir em valor é comprar ativos excecionais a desconto, isto é, que valem mais do que o preço que estamos a pagar". Desta maneira, a estratégia de investimento do fundo está focada na qualidade das empresas que reúnem um determinado conjunto de características: negócios com vantagens competitivas duráveis, balanços sólidos e retornos de capital acima da média.

O investimento é executado apenas quando transacionam a "desconto significativo do seu real valor com o objetivo de minimizar o risco de perda permanente de capital e conseguir ganhos de poder de compra no longo prazo, pelo menos cinco anos" e são alienados quando o "preço dos ativos atinge o seu valor justo", como se pode ler no prospeto.

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