“O segmento de fundos já representa mais de 50% do PIB brasileiro”

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Andres Rueda, Flickr, Creative Commons

 

A par da evolução da indústria de fundos brasileira, descrito por Denise Pavarina, no âmbito do 7º Congresso ANBIMA, o presidente da CVM e o director de política monetária do Banco Central analisam de que forma se pode manter esse crescimento no cenário actual. 

"O segmento de fundos já representa mais de 50% do PIB brasileiro", referiu Leonardo Gomes Pereira, presidente da CVM. “Para esse crescimento continuar, é necessário investir na actuação contínua entre reguladores e auto-reguladores do mercado e na cooperação entre o BC, a CVM e a ANBIMA”, diz. “Um dos aspectos da solidez do mercado é o crescimento do património líquido dos fundos imobiliários, que ultrapassou 200% em dez anos.”

O Director de Política Monetária do Banco Central, Aldo Mendes, destacou que a indústria de fundos de investimento tem pela frente o desafio de se adequar às mudanças estruturais que a economia brasileira viveu nos últimos anos, como queda dos juros, inflação mais baixa, fortalecimento do mercado de trabalho e crescimento da poupança. Segundo ele, é preciso buscar novos padrões na relação entre risco e retorno, aproximando o país das práticas internacionais.

Mendes citou como exemplo o alongamento dos passivos do sector bancário, com a emissão de letras financeiras com prazo igual ou maior a dois anos. “Agentes importantes que gravitam no sistema financeiro se adequaram às mudanças macroeconómicas, e os fundos de investimento têm o mesmo desafio”, afirmou. Debates sobre as melhores práticas no sector, padronização de procedimentos e programas educacionais são importantes neste processo e estão “na ordem do dia” da indústria de fundos, segundo ele.