O que tem que acontecer para que a J.P. Morgan AM modifique a sua visão negativa sobre os emergentes?

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Flávio Cruvinel Brandão, Flickr, Creative Commons

Mesmo tendo as bolsas dos EUA e da Europa vivido uma grande catarse neste início de ano, com perdas anuais que rondam os 10%, a visão da J.P. Morgan AM sobre ambos os mercados de ações continua a ser positiva. O mesmo não acontece nos mercados emergentes, onde a entidade mantém uma visão negativa. Na verdade, um dos principais medos da entidade é que a desaceleração do crescimento económico dos países em vias de desenvolvimento acabe por afectar o mundo desenvolvido. A questão principal é perceber qual será o impacto de um hard landing da economia chinesa sobre o PIB mundial. É curioso, já que há uns anos atrás acontecia precisamente o contrário. Ou seja, o crescimento económico global era liderado pelos emergentes e o risco era que a desaceleração do crescimento no mundo desenvolvido acabasse por afectar os emergentes.

Este é um dos motivos pelos quais a visão da J.P. Morgan AM sobre a evolução dos mercados emergentes continua a ser negativa. Mas... o que tem que acontecer para que as perspectivas  da gestora americana sobre as ações emergentes deem a volta e se tornem positivas? Segundo explica Lucía Gutiérrez-Mellado, sub-diretora de Estratégia da J.P. Morgan AM para Ibéria, são três as circunstâncias que devem confluir.

1)   A primeira é uma melhoria das expectativas de crescimento económico. A especialista considera ver uma estabilização da situação nesse sentido.

2)   A segunda é uma estabilização das divisas, que têm experimentado já uma forte desvalorização que se estendeu ao longo dos últimos anos.

3)   Recuperação dos resultados empresariais, que até agora têm decepcionado.