O quê e quem está por detrás dos Princípios de Investimento Responsável?

485354878_a45d3df35d_o
gaelsapori, Flickr, Creative Commons

Ao longo dos últimos anos têm sido várias as entidades que têm subscrito os Princípios de Investimento Socialmente Responsável (PRI).  A última a fazê-lo não foi uma gestora, mas sim um banco de custódia com nove biliões de dólares em ativos sob custódia: o BNP Paribas Securities Services. A entidade anunciou que passa a fazer parte dos membros dos Princípios de Investimento Responsável, iniciativa que tenta explicar as implicações do investimento a nível meio-ambiental, social e de governo, bem como ajudar os seus participantes, que desde a criação da iniciativa, em 2005, são mais de 1.000 e representam um volume de ativos na ordem dos 40 biliões de dólares. O que está portanto por detrás dos Princípios de Investimento Responsável?

Trata-se de uma iniciativa das Nações Unidas, criada em 2005 por um grupo de investidores institucionais internacionais com vários organismos das Nações Unidas, concretamente da UNEP Finance Initiative e do Pacto Mundial. Os Princípios de Investimento Responsável são o reflexo da crescente importância que critérios ambientais, sociais e de corporate governance têm na tomada de decisões na gestão de ativos. A iniciativa tem como principal objetivo assistir os seus membros na incorporação desses critérios, na tomada de decisões e de dever fiduciário.

Através da assinatura destes princípios as entidades comprometem-se a desenvolver e promover serviços que ajudem os seus clientes na implantação de seis princípios fundamentais. A Contrast Capital, entidade que assessora entidades financeiras, investidores institucionais e family offices sobre soluções de investimento socialmente responsáveis, explica quais são esses seis compromissos  aos quais a assinatura do acordo obriga:

  1. Integração: incorporar os critérios ambientais, sociais e de governo corporativo nos processos de análise e tomada de decisão na hora de investir.
  2. Involucramento: Ser proprietário de bens ativos e incorporar as questões ASG às práticas e políticas.
  3. Transparência: Pedir às entidades nas quais se investe que publiquem as informações apropriadas sobre as questões ASG.
  4. Aceitação: Promover a aceitação e aplicação dos Princípios na comunidade global do investimento.
  5. Cooperação: Colaborar para melhorar a eficácia na aplicação dos Princípios.
  6. Reporte: informar sobre as atividades e progressos na aplicação dos Princípios.