“O meu vizinho é judeu”, em estreia hoje no Casino do Estoril

Beatriz Batarda, Bruno Nogueira e Miguel Guilherme pegam na obra de Jean-Claude Grumberg, argumentista de realizadores como François Truffaut ou Costa-Gravas, e apresentam uma visão de humor cáustico sobre o retorno do “conflito entre ''nós e os outros''” e do “despertar das reacções mais primárias a tudo o que se alimenta do medo e da ansiedade”.

Num prédio onde vivem várias pessoas, numa das maiores cidades da Europa, a ignorância junta-se à curiosidade quando um vizinho ingénuo, atordoado pela obsessão da sua mulher pelo povo judeu, interpela o vizinho de baixo para saber a sua identidade.

Bruno Nogueira interpreta o homem que tenta satisfazer a mulher com “respostas curtas para perguntas demasiado grandes”. Miguel Guilherme “carrega a nota biográfica do autor, um judeu ateu massacrado pelas pequenas agressões daqueles que vêem na diferença o perigo e a ameaça”. 

A peça está em cena de quinta a sábado às 21h30 e domingo às 17h.