O fator momentum mantém-se como vencedor?

André Themudo
Cedida

Artigo de opinião de Andre Themudo, diretor de vendas para Portugal e Espanha da BlackRock.

Os fatores são fontes de rentabilidade amplas e persistentes, presentes em qualquer classe de ativo. O investimento em fatores trata-se de aproveitar estes estilos de investimento intuitivos de forma diversificada com uma execução eficiente.

Quality, momentum, value, size e minimum volatility têm sido, historicamente, os fatores mais determinantes no que à procura de rentabilidades diz respeito. Uma vez que são impulsionados por diferentes fundamentos económicos, cada um destes fatores tende a comportar-se de uma maneira distinta em diferentes momentos do mercado.

Por isso, para aqueles investidores com um horizonte temporal mais curto e com um apetite de risco razoável, este caráter cíclico representa uma oportunidade de aumentar a exposição de uma carteira a um fator face aos restantes, com o objetivo de potenciar a rentabilidade esperada.

Compreendendo os elementos específicos que afetam a rentabilidade de um fator, os investidores podem construir uma visão equilibrada sobre as perspetivas a curto prazo de um fator em relação aos outros. Ao incorporar sinais adicionais nas decisões de alocação baseadas em fatores, a BlackRock não está a defender a realização de alocações agressivas ou de alta frequência. De facto, motivamos o investidor a incorporar pequenos desvios nas suas carteiras em função dos momentos do ciclo económico.

Diferentes ritmos de crescimento à escala global

O início do primeiro trimestre foi uma continuação do que pudemos observar durante 2017. Os dados macroeconómicos sólidos impulsionaram os índices das bolsas mundiais, que continuaram a bater recordes, e o fator momentum continuou a ser a estrela do trimestre. Os dados positivos do índice PMI mundial reforçaram a confiança no crescimento global sincronizado, impulsionado sobretudo pela reforma fiscal dos EUA. Neste contexto, o apetite pelo risco manteve-se e os fatores quality e minimum volatility continuaram atrasados relativamente a outros fatores pro-cíclicos em janeiro. O fator value também registou um bom comportamento durante este mês.

Graças ao dinamismo dos benefícios empresariais em todo o mundo, os sólidos fundamentais macroeconómicos continuam a impulsionar um contexto atrativo para investir em renda variável, ainda que apresente uns níveis de volatilidade mais elevados que aqueles observados em 2017. O nosso modelo de contexto económico continua a indicar a existência de uma expansão económica nos EUA, com um crescimento robusto e em expansão. Sem dúvida, o estímulo fiscal implementado pela Administração de Donald Trump impulsionou ainda mais os benefícios corporativos, e certos indicadores também apontam para a aceleração da economia norte-americana.

Ainda que o nível de crescimento permaneça sólido fora dos EUA, a possível desaceleração do ritmo de crescimento dos países da Zona Euro mudou o nosso modelo da conjuntura económica mundial, que agora aposta num abrandamento durante este trimestre. A forte aceleração registada na zona euro em 2017, e em janeiro de 2018, teve uma viragem em finais de março, e alguns dos indicadores mais “rápidos” começaram a mostrar sinais de fraqueza. Segundo o nosso Growth GPS, que nos mostra em que nível poderá estar o PIB dentro de três meses, a Zona Euro situa-se atrás do PIB de consenso com a maior margem de todo o G7.

Apesar do nosso modelo apontar para uma expansão económica nos EUA, e para um abrandamento à escala global, permanecemos firmemente sobreponderados no fator momentum. Embora este ofereça melhores retornos em momentos de expansão económica, também há que destacar a resistência que demonstra em situações de abrandamento nas quais o crescimento mantém uma tendência estável. Além disso, é de notar que a expansão é menos favorável para o fator minumum volatility do que para o de quality – ambos defensivos – e também justifica a nossa subponderação para o primeiro face ao nosso posicionamento neutral em relação ao segundo.

 

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