Novos mínimos nas taxas da dívida de curto prazo, na ida de Portugal aos mercados

11442069295_8e5b8ac486
LendingMemo, Flickr, Creative Commons

Esta quarta-feira, o IGCP emitiu 1.250 milhões de euros em bilhetes do Tesouro (BT), novamente com as taxas de juro mais baixas de sempre, em ambas as maturidades.

A emissão de Bilhetes do Tesouro a 6 meses, com um vencimento a 18 de setembro de 2016, o IGCP vendeu 300 milhões de euros, com uma taxa de 0,047%. A procura foi quase o triplo da oferta, ou seja, 2,78 vezes a oferta.

No caso da emissão a 12 meses, Portugal foi aos mercados colocar 950 milhões de euros, tendo o IGCP conseguido uma taxa de 0,094%, que se situa abaixo dos 0,138% registados no último leilão semelhante. Já a procura foi quase o dobro da oferta.

”Postura” correta do IGCP

No seu habitual comentário, Filipe Silva, diretor da Gestão de Activos do Banco Carregosa, começa por sublinhar que existem “novos mínimos nas taxas da dívida de curto prazo, tanto nos 6 meses, como nos 12 meses”.  Entende que “estes mínimos são, essencialmente, consequência do plano de compra de dívida do Banco Central Europeu, que embora não compre BT, as taxas da dívida de curto prazo seguem as taxas das OT”, assistindo-se “por toda a Europa se vê este movimento de compressão nas taxas da dívida, nalguns casos, já em níveis negativos”.

Na opinião de Filipe Silva “nesta conjuntura, faz todo o sentido o IGCP aproveitar para emitir e baixar o custo médio da dívida portuguesa. Os montantes saíram em linha com o pretendido”.