Nova emissão de dívida de curto prazo termina com taxas em sentidos opostos

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Sergio Calleja, Flickr

Na nova emissão de dívida de curto prazo por parte da República Portuguesa as taxas mantiveram-se negativas. No regresso aos mercados, o montante total colocado em Bilhetes do Tesouro a 6 e a 12 meses ascendeu a 1.750 milhões de euros, o valor mais alto do intervalo definido para esta emissão (que se situava entre os 1.500 milhões e os 1.750 milhões de euros).

Assim, no prazo mais curto foram colocados 400 milhões de euros a uma taxa negativa de 0,339% (que contrasta com a taxa negativa de 0,351% do leilão de maio), com uma procura 2,4 vezes superior à oferta. Já a um ano, o montante colocado fixou-se nos 1.350 milhões de euros, tendo-se verificado uma taxa negativa de 0,28% (inferior à taxa negativa de 0,27% do último leilão de maio), com uma procura duas vezes superior à oferta.

Sobre a mais recente emissão de dívida de curto prazo, Filipe Silva, diretor da gestão de ativos do Banco Carregosa, defende que “o Estado faz bem em aproveitar este período de juros negativos para ir substituindo dívida antiga”. Quanto às taxas registadas, o profissional acredita o facto de ambas se manterem negativas – tendo subido ligeiramente no período mais curto e descido ligeiramente no período mais longo – “é uma boa notícia para o financiamento do país que recebe juros quando pede emprestado”. Relativamente à procura, destaca que não será muito relevante que tenha subido ligeiramente face aos últimos leilões comparáveis, sendo natural que tenha existido mais procura na dívida com o prazo mais longo.