Movimentos risk-off nas carteiras dos PPR

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F.Facini, Flickr, Creative Commons

O caráter conservador do investidor português é bem conhecido, e as carteiras agregadas dos fundos PPR de Associadas da APFIPP proporciona evidência desse facto. Com dados relativos ao fecho do ano de 2017, verificamos uma ponderação significativa do investimento em obrigações, de 62,5%, o que em conjunto com os fundos de investimento de obrigações, fundos de tesouraria e liquidez atinge uma ponderação dos investimentos mais defensivos de quase 80%. Isto é a prova de que o aforrador português prefere percorrer um percurso menos volátil no caminho da preparação para a reforma.

Variação no ano

As variações no ano não são surpreendentes e são coerentes com a manutenção do status quo. As mudanças mais relevantes a nível da alocação das carteiras agregadas destes produtos de poupança acontecem ao nível dos investimento em obrigações de taxa fixa em euros – a maior rubrica – que passaram a representar 43,90% da carteira, dos 38,4% no final do ano passado. 

Por outro lado, o investimento direto em ações mantém-se quase marginal nas carteiras dos PPR, e os património alocado a fundos de ações recuou de 12% das carteiras para 10,5%. Num ano em que o comportamento da generalidade dos mercados de ações foi positivo, isto é claramente um movimento risk-off por parte dos investidores e/ou gestores dos fundos. O total de património em fundos de investimento recuou de 30,40% das carteira para 27,10%.

Consulte a alocação destes produtos de poupança na tabela abaixo.

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