Mirabaud Asset Management: reflexões sobre obrigações

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Apesar das expetativas do mercado relativamente ao aumento das taxas da Reserva Federal no último julho serem de apenas 16%, em final de maio de 2016 aumentaram para quase 50%. Esta subida explica-se pelas diferentes intervenções mediáticas dos membros da Fed desde meados de maio. Em consequência, a curva das taxas de juros nivelou-se, com as taxas de juro a curto prazo a subir mais fortemente do que as taxas de juro a longo prazo. A curva é a mais plana desde os níveis atingidos em 2007. No entanto, no início de junho, a yield to maturity da treasury a 10 anos tinha caído para 1,70% na sequência da publicação do relatório do emprego. A estes níveis, as yields situam-se no limite inferior do intervalo, desde o início do ano e esperamos uma nova inclinação da curva a médio prazo. Recomendamos, portanto, que se aguarde que as taxas de juro a 10 anos cheguem a níveis de 2% antes de reconstruir uma posição em treasuries. Atingido este nível, a taxa de inflação e a fragilidade do crescimento económico potencial limitarão o futuro aumento, ao passo que o «carry trade» será interessante.

Quanto às taxas da Fed, esperamos a continuação da normalização a partir do terceiro trimestre deste ano. Segundo a regra de política monetária de Taylor, as taxas diretoras deveriam atualmente situar-se nos 1,25%. Esta regra liga as taxas dos fundos federais ao diferencial da inflação e ao seu Target, bem como à diferença da taxa de desemprego em relação ao seu nível de equilíbrio. É evidente que esta regra é apenas teórica, mas dá já uma ideia do atraso que leva a Reserva Federal no ajustamento das suas taxas.

Para se proteger num ambiente de subida das taxas de juro, recomendamos a aquisição de obrigações de taxa variável – ou seja as obrigações cujos cupões são ajustados a uma taxa de referência.

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Num mercado sem uma direção clara e riscos diferentes no curto prazo, como conseguir rendibilidade em obrigações? Com uma abordagem flexível, global e oportunística e com a procura de uma baixa volatilidade.

Uma abordagem “total return” é a usada no nosso fundo Global Strategic Bond, onde as principais fontes de rendibilidade são: boa seleção de crédito, gestão ativa da duration e utilização do “hedging”.

Graças a isto, o fundo tem gerado:

  • desde o início o ano: 3,46%
  • desde a sua criação : 7,4% (1 de outubro de 2013) e volatilidade de apenas 2%
  • a rendibilidade anualizada ascende a 2,6%