Matérias-primas e Europa: retrato dos ETFs mais negociados nas plataformas

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Globovisión, Flickr Creative Commons

No passado mês de maio, o Banco Best repetiu standards de outros meses no que toca aos ETFs, novamente com o iShares EURO STOXX 50 UCITS ETF (Dist) na liderança dos ETFs mais negociados. Segundo Carlos Almeida, diretor de investimentos do Banco Best, “em 2016 este ETF que investe nas 50 maiores empresas da zona euro e tem a componente de distribuição de rendimentos, apenas num dos meses não foi o ETF mais negociado no Banco BEST”. No segundo lugar do pódio dizem estar “um ETF que tem como objetivo o investimento nas 500 maiores companhias dos EUA, com a componente hedged que permite o investimento a 100% no mercado americano sem risco cambial”, o iShares S&P500 Eur Hedged UCITS ETF EUR. Na terceira posição, Carlos Almeida, fala do ETF - iShares Euro Government Bond 15-30yr, que “visa investir em títulos de rendimento fixo, tais como obrigações, que compõem um índice que mede o desempenho das obrigações emitidas pelos Estados membros da União Económica e Monetária (UEM), incluindo a Alemanha, a Itália, a França, os Países Baixos e a Espanha”. Segundo explica o profissional, “estas obrigações devem cumprir os requisitos da notação de crédito do índice”. Na quarta posição, lugar para o o iShares MSCI Brazil UCITS ETF (Dist) EUR “que tem como objetivo acompanhar o desempenho do índice MSCI Brasil, tanto quanto possível, através do investimento em títulos do índice, oferecendo exposição a ações brasileiras que estejam em conformidade com as regras de integração deste índice”. Finalmente, lugar para o “o ETF iShares Core MSCI World UCITS ETF EUR que oferece a possibilidade de investimento direto numa grande diversidade de empresas dos países mais desenvolvidos do mundo”.

No caso do BiG, Isabel Soares, gestora de produto, relata que no mês de maio pouco se alterou na lista de mais subscritos. O segmento acionista europeu voltou a ser o de eleição, com “os ETFs iShares Eurostoxx 50, Lyxor IBEX 35 ou iShares Core DAX ETF novamente em evidência” . Em destaque, tal como já aconteceu noutras alturas, referiu ainda a prevalência dos ETFs sobre commodities. “Mais uma vez, foram registados volumes de negociação bastante interessantes em produtos que visam a replicação do preço do petróleo”, indica Isabel Soares. Contudo, a gestora de produto indica ainda que embora os “ETFs continuem a registar fluxos interessantes do lado das compras, é novamente evidente uma predominância nos outflows por via da realização de mais valias (muitos investidores consideram os actuais níveis como um ponto de saída interessante face às acentuadas valorizações que estes instrumentos têm registado ao longo dos últimos períodos)”.

Do ActivoBank, João Graça, também lembra o interesse por commodities. Indica que se voltou a verificar “uma tendência para aproveitar as oscilações das empresas de extração de ouro, que beneficiaram da oscilação de preços da matéria-prima e da manutenção dos preços baixos do combustível”. Em maio foi ainda evidente “a postura adotada para beneficiar da subida dos setores imobiliário e tecnológico”, e ainda, “à semelhança do mês anterior, uma aposta talvez a um prazo um pouco mais alargado no setor energético e acrescentando agora os setores de petróleo/gás e Utilities”. Em termos geográficos, “os mercados emergentes, continuam a figurar no top 10 de negociação, assim como, a Alemanha”. Em termos empresariais, João Graça realça que “as maiores em empresas dos dois lados do Atlântico, que compõem os principais índices, o S&P500 e o EuroStoxx 50, ganharam mais adeptos”.