Manteve-se em terreno positivo a performance dos fundos pensões portugueses

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digs&bean, Flickr, Creative Commons

No passado mês de novembro os fundos de pensões nacionais, segundo os dados da consultora Mercer, apresentaram uma rendibilidade mediana estimada de 0,6%, valor que veio confirmar o positivismo já alcançado em outubro.

O contributo positivo foi proveniente tanto da performance das obrigações como das ações. O investimento em obrigações, no período, contribuiu com um retorno de 0,3%, apoiado principalmente pelas obrigações de taxa fixa euro, que apresentaram um resultado de 0,5%. As ações, por seu turno, “contribuíram” com uma performance de 1,4%.

Da entidade indicam que “a yield das obrigações de dívida privada com qualidade de crédito AA e maturidade superior a 10 anos, índice de referência para as taxas de desconto dos planos de pensões, era de 1.8% no final do mês de novembro”.

Rui Guerra, partner da Mercer, refere precisamente que “os fundos de pensões portugueses obtiveram em novembro uma rendibilidade mediana estimada de 0.6%, devido ao desempenho positivo das ações e obrigações”. Indica que “apesar das tensões provocadas pelos atentados de Paris terem aumentado a volatilidade dos mercados em Novembro, não alteraram, no entanto, o sentimento de recuperação e estabilidade das diversas economias”. O partner da Mercer escreve ainda que “os níveis de confiança dos investidores europeus permaneceram relativamente estáveis, resultado das perspetivas positivas de crescimento desta zona”, e que, igualmente, nos “EUA o sentimento apresenta-se positivo, com as revisões em alta do crescimento económico.”

Desde o início do ano a rentabilidade mediana estimada dos fundos de pensões é de 3,5%.