“Manteremos estratégia de oferecer aos clientes carteiras geograficamente diversificadas”

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O director do Crédito Agrícola Gest acredita que a procura de fundos mantenha a tendência de 2012, com preferência por monetários e de capital garantido, e considera que a equidade fiscal entre fundos nacionais e estrangeiros contribuiria para dinamizar a indústria.

Quais as perspectivas para a indústria em 2013?  

Acreditamos que a procura por fundos mantenha a tendência de 2012, com uma preferência por fundos monetários de baixa volatilidade ou de capital garantido. Na classe dos fundos de obrigações e, mesmo acções, se as rendibilidades apresentadas em 2012 pudessem ser um fator influenciador para os investidores entrarem nestas classes, a recente alteração fiscal que deixa a indústria nacional em desvantagem face às gestoras estrangeiras bem como as elevadas taxas de depósitos que os bancos  nacionais continuam a praticar, farão com que a procura por estas classes se mantenha residual. Já a nível global, as regiões com perspectivas de crescimento e os activos expostos a estas, tendo em conta condições estruturais de consumo e investimento e as tendências demográficas, continuarão do nosso ponto de vista a merecer o interesse a médio/longo prazo dos investidores .

Quais os focos da gestora para este ano, nomeadamente políticas de investimentos, e objectivos, em termos de expansão e evolução do valor dos activos sob gestão?

No que respeita à política de investimentos na gestão discricionária, manteremos a estratégia de oferecer aos nossos clientes carteiras geograficamente diversificadas. Assim, teremos em conta a rápida convergência que está a acontecer entre as  zonas europeias periférica e ‘core’, evitando, no entanto, uma composição de carteiras com ativos cujas correlações entre si sejam muito elevadas, para não expor os nossos  clientes a níveis de volatilidade significativamente superiores ao que é o habitual da gestora. Num ano em que previsivelmente se manterá forte a pressão dos produtos de balanço por parte das instituições de crédito em Portugal, prevemos um crescimento residual de entradas líquidas nos activos sob gestão, apenas possibilitadas pela oferta de fundos diferenciados e, no caso da gestão discricionária, de estratégias de investimento robustas, com potencial para agregação de valor a médio prazo e profundamente alinhadas com os objectivos e horizonte de investimento dos nossos clientes.

Indique uma ou duas ideias que contribuiriam para dinamizar o mercado de fundos em Portugal...

A equidade fiscal entre fundos nacionais e estrangeiros, claramente, seria um fator dinamizador para a nossa indústria.